7.31.2008

E pronto.

Até meados do mês, nada mais se passará por aqui.

Declara-se encerrado o estabelecimento por manifesta inércia do proprietário, que, acompanhado de uns 2 ou 3 kgs. de livros, um iPod com 19,32 GB de música e mais alguns apetrechos indispensáveis, se dirige a sul.

Para banda sonora de encerramento de hostilidades, deixo isto.



Tomar acompanhado de um porto tónico (pode ser o Taylor´s Extra Dry White) bem feito, com tónica Schweppes de lata, gelo do bom, rijinho e uma folha de hortelã bem viçosa.

Até um dia destes, se e quando a bateria estiver recarregada.

7.29.2008

Ainda a propósito da notícia do "tecno":

Música tecno não é agressão se ouvida, noite fora, numa discoteca.
Torna-se um verdadeiro atentado se despejada em cima de um pobre cidadão carente de uma manhã de praia.

Unta e espreme

Ainda ao redor da praia, em miúdo ficava intrigado com uns senhores com um cassetete branco que deambulavam vestidos pela praia, com uma espécie de farda.

Vozes avisadas diziam que eram os "Cabos do Mar" e que andavam a ver, entre outras coisas, se as senhoras estavam a fazer topless.

Claro está que já passaram, entretanto, uns anos.

Hoje ouvi na rádio a preocupação do mesmo Cabo do Mar quanto à prática de massagens na praia, sugerindo mesmo a sua proibição na costa algarvia sob sua jurisdição.
Pode ser que, embalado por essa febre proibicionista, o dito Cabo do Mar interpele (em especial no Norte do país) e multe as Neusas Priscilas que se dedicam ao desporto de praia mais abjecto que algum dia presenciei: o de espremer, com as suas longas e bem tratadas unhas, as borbulhas (espinhas, no dialecto nortenho) dos seus namorados e familiares próximos estendidos nas suas toalhinhas de turco coloridas. É que, claro está, há que começar por algum lado.

Banda sonora original

Solidarizo-me com o protesto de Manuel Alegre, colhido aqui.
Detesto em absoluto aquelas animações de praia, com música aos berros e "animadores" de micro na mão, aulas histéricas de aeróbica, pum pum pum, unts unts unts, etc.
São uma fonte de poluição no local onde mais gosto de estar calado, em sossego, a ouvir outro tipo de música: a das ondas a desfazerem-se no areal.
É por essa música que ando muitos quilómetros, e creio que muita gente me acompanhará no sacrifício.
Note-se, aliás, que antes dessa febre poluidora, já as pessoas iam à praia e desfrutavam dela. Sem necessidade de batucada. Para isso, há à noite a Kiss em Albufeira e o Kadoc à beira da estrada. Entre outras.
E há, claro está, o iPod com uns phones, que permitem à Neusa Priscila e ao Nelo Adeodato partilharem, um com cada parte do phone (pressupondo a prévia higiene das cavidades auditivas logo pela manhã, ou com a unhaca, a caminho da praia) ouvir no máximo do volume o CD da Shakira ou da Buraka Som Sistema em plena praia. Mas sem chatear.

7.28.2008

The Stieg

Não, este post não é sobre automóveis, muito menos sobre o agente encoberto da Top Gear que aparece sempre de capacete enfiado e fato de competição branco. Esse é o Stig.

Falo de Stieg Larsson, sueco, autor do best-seller "Os homens que odeiam as mulheres" (título que sofreu uma estranha metamorfose do original "The Girl with the red Tatoo", não privativa da tradução portuguesa, ao que parece).

Poucas vezes fiquei tão viciado numa história. As críticas eram muitíssimo boas, mas as desventuras do Mikael Blomqvist e da freak Lisbeth excederam largamente as minhas expectativas. Foram 500 e muitas páginas devoradas em 10 dias.

No final, apenas tenho a declarar que pese embora tenha adorado o livro, não vou começar a ouvir Elvis Presley. E por aqui me fico...

7.24.2008

Um díptico

Que celebra o achamento, via iTunes, de uma das mais longas marchas de Manchester. Devem ser uns bons 15 minutos de video. Brutal.



Weekender. Flowered Up.

7.23.2008

Se os DJ´s das discotecas fossem todos como este senhor, então eu ia mais vezes à discoteca...



Assombroso.

Salmão da Bahia? Menino (nórdico) do Rio?



AC Jobim por Erland Oye.
Kings of Convenience, Casa da Música, Porto.
Questão de Direito Internacional Privado: Cantor nórdico canta música brasileira em sala de espectáculos em Portugal.

Mais uma grande noite de música que passou. Digo bem. Passou.
Quando tiver oportunidade de ir ver um concerto este ano aviso.

7.22.2008

No future / esta juventude é um espanto

Já ouvi, da boca de gente com idade para ter (mais) juízo, casados e quase pais dizer, de peito feito, que dia 31 lá estarão em Paredes de Coura no mosh.
Gente empregada, profissional liberal, com posições sociais respeitáveis e tal... mas, claro está: and we don´t care!

7.21.2008

Concentração Nacional de IVECO DAILY´s

Traz os tês primos e os tês tios e os tês pais todos!

Jaguar XJ6



Sempre que passo por um (ainda que haja poucos da cor "original"), é inevitável.
Com indisfarçável gozo, lembro-me sempre disto:

7.18.2008

Salvem os colegas dele. Depressa!

O frame principal do Messanger tem uma funcionalidade que permite identificar o que os nossos contactos estão a ouvir no momento.
Dei-me conta, atónito, que um dos meus contactos, há cerca de meia hora atrás, ouvia "Chiquitita" dos Abba no local de trabalho, que partilha em open space com alguns colegas.
Agora, abri de novo o Msn e... "Não mexas no tempo", André Sardet. Deus meu.

Apenas tenho uma coisa por certa: se acaso trabalhasse nessa sala, de duas uma, ou o visado tinha que comprar uns phones com redução de ruído ou a esta hora eu já teria adquirido licença de uso e porte de arma e seria visita regular de espingardarias...

Mesmo não partilhando tão horrenda realidade, tenho para mim que se vir no Msn na linha dele que se encontra a ouvir Santos&Pecadores, aí vou mesmo lá falar com ele. Se ainda for a tempo...

De decibel em decibel

Se o mundo estivesse alinhado com os meus gostos, este fim de semana seria mais ou menos assim:

- Hoje ao final da tarde, Guimarães, direcção Palácio Vila Flor. Um jantar na rua, um verde gelado e depois, The National;

- No final, rumo a Moledo, para a corrente de ar nocturna no paredão, junto ao mar;

- Sábado, direcção sul, Lisboa, Belém. Leonard Cohen. Antes, uma paragem numa praia a Oeste, no caminho.

- Domingo, debaixo de um ar condicionado dos fortes, um almoço de marisco & peixe grelhado.

Merda. Porca miseria. Uma vez mais, tudo passa ao lado.

7.17.2008

Os iniciados

Algures no fórum online do Autosport, perguntava-se outro dia qual tinha sido o primeiro automóvel que os leitores tinham guiado na vida e qual o seu primeiro automóvel do seu percurso de condutor.

A propósito disso mesmo, e com a pequenina ajuda do Google, cá vão as duas primeiras máquinas gloriosas que tiveram que me aturar a tentar conduzi-las (em idade obviamente inconfessável, mais próxima do final da "fase triciclo"):



Honda N600, que ainda há bem pouco tempo circulava alegremente algures em Lisboa...



Land Rover Series I 88, que nessa altura só conhecia esta versão, de vidro para baixo. Um cabriolet em todo o seu esplendor, infelizmente vítima do início das Inspecções Periódicas Obrigatórias...

Quanto à primeira máquina a sério, uma verdadeira escola de condução do dia-a-dia, travões abaixo de medíocre mas um comportamento que fez dele um clássico de sempre:



Morris Mini Clubman 1100 1972 (1996-1998)
Equipado com 4 Yokohama A008 P importados de Inglaterra (que valiam novos praticamente o mesmo que tinha custado o carro todo, gentilmente cedidos free of charge a meio uso), fez corar de vergonha muita gente com carros recentes, à chuva, na rotunda do Papa, aos Arcos do Jardim, pela velocidade estonteante com que curvava nas pedras polidas, ultra-escorregadias...

Santíssima Trindade Veraneante (não dos últimos dias, mas dos finais de tarde)



Gelo, Limão e Água Tónica (Schweppes, como sempre).
O Divino já se sabe qual é...

Midnight summer dream

Estrada fora, num pedaço sinuoso, de bom piso (lembro-me de repente da descida da EN 236 até à Lousã e da estrada Góis-Colmeal), sem trânsito, com isto a tocar:



Ao volante de um destes:

7.16.2008

Melting

E pronto, chegaram de armas e bagagens os 35º graus típicos da época.

Assim sendo, ontem ao final do dia, altura em que ainda persistiam uns bem medidos 34º, rumei à grande superfície mais próxima de onde saí acompanhado de alguns instrumentos de luta contra a canícula: Murganheira Super Reserva Bruto 2002, Marquês de Borba 2007 Branco, Quinta da Aveleda 2007 e Alvarinho Soalheiro 2007. Para consumo imediato, antes do fim do mês. De um trago só.

Ficaram a faltar as folhas de hortelã e os limões para fazerem companhia ao Taylor Extra Dry White e ao Bombay Sapphire que aguardam a chamada em auxílio dos encalorados de fim de tarde.

É tramado o verão...

7.11.2008

Ai fôna

Confesso a minha estupefacção pela corrida desenfreada dos portuguesinhos para comprar o iPhone.
Estupefacto pelo consumismo desenfreado, selvagem que demonstra, pela felicidade alcançada pelo indivíduo pela posse do novo brinquedo.
Estupefacto também porque dar 500 Euros por um gadget da moda com esta facilidade contraria todos os sinais de crise que por aí andam (Ok, alguém empresta o dinheiro, Ok, este ano vão menos dias de férias para se andarem a pavonear de iPhone, são menos uns jantares de peixe e marisco, mais uns menus no Mc Donalds, menos uns livros que se compram, etc...).
Mais estupefacto porque não me imaginava, jamais, numa fila à meia noite à porta de uma loja para comprar fosse o que fosse.
Agora o grau máximo de estupefacção é alcançado pelo preço que a malta está a pagar cá pelo dito: pedir a alguém que traga um dos EUA e que o declare na alfândega (pagando os 21% de IVA e cumprindo os sacrossantos deveres de bom contribuinte) apresenta um lucro tal que dá para comprar 3 iPhones (desbloqueados) pelo preço pedido por um, pelas operadoras nacionais... Roubo? "Nacional-Otarismo" exuberante? Mmm...

Ok, eu até confesso que o iPhone é muito engraçado, já brinquei com um várias vezes.
Mas tenho um princípio de vida segundo o qual não gasto mais de 50 Euros em telemóveis.

7.08.2008

6.

Fiesta.



É isto. Sublimada pelas conquistas recentes do mundo da bola, contra os defensores dos animaizinhos, cagando de alto para o politicamente correcto, respeitando a velha tradição.
Muito nos ensinam nuestros vecinos...

Entretanto, a reunião do Conselho de Justiça da Federação continuou rua fora...

... Com o colectivo a tentar convencer a opinião pública da justeza da sua argumentação (lançando mão da técnica do encierro, comprovadamente eficaz):

Ditado popular (só para fanáticos)

Chuva na pista, Massa não é artista...

Catchwords: F1, Silverstone, Ferrari, Controle de Tracção, Off, Chuva, KDU-Kit de Unhas, Piloto parecido com o Tony Carreira, Piões, 0 pontos.

El Toro

Em tempos passados (coincidindo com os intermináveis finais de Maio e inícios de Junho dos anos de Faculdade), dediquei muito tempo a assistir a partidas de ténis via TV. Em especial, do torneio de Roland Garros.
Desde sempre gostei mais do estilo força bruta neste jogo, daqueles jogadores cuja energia não acaba e que jogam quase sempre à padeirada.
Assim sendo, não é de estranhar a minha predilecção por Rafael Nadal, o jogador mais enérgico que me lembro de ver jogar.
A quem faltava, até domingo passado, derrotar o betinho Federer no sacrossanto relvado do All England Lawn Tennis and Crocket Club, num jogo absolutamente fabuloso, riquíssimo e rijamente disputado. Do qual, infelizmente, não assisti ao 5º e último set, devido ao atraso ditado pela chuva, tarde fora...

Ontem, a música portuguesa ficou mais rica. Ou quase.

Delfins anunciam o fim da banda.

Digo quase porque:
1. O final da banda só ocorrerá MESMO no dia 31 de Dezembro de 2009.
2. Até lá, muita coisa ainda pode mudar.
3. Ainda não ouvi nenhuma notícia análoga sobre o fim dos Santos & Pecadores.

No entanto, a 31-12-2009 cá estaremos para comemorar, com festa rija, a efeméride!

7.02.2008

Com a devida vénia

Cito o colega VLX, num lapidar post sobre a cada vez mais desgraçada realidade da nossa justiça, no inevitável Mar Salgado.