8.29.2008

Viciado

Sim, sou mesmo.
Nas canetas Uniball Vision Elite.



Pretas, Azuis e Vermelhas. Plane-Proof, diz na embalagem. Gasto umas quantas por ano. São um pouco caras, mas que se lixe. Adoro-as. Todas.

Novos ou os mesmos?

Boa pergunta.
Um dilema: considerando os recursos escassos (financeiros e dias de férias, necessariamente por esta ordem), avançar em viagem para paragens ainda não visitadas ou repetir destinos por onde já tivemos o privilégio de passar?
Não consigo decidir.
Repetir um jantar na Garota de Ipanema (e mais suas caipirinhas venenosas) do Rio de Janeiro, olhar de novo a vista do Corcovado. Calcorrear novamente a pé a 5ª Avenida em Manhattan e parar junto dos néons de Times Square. Cruzar a Ponte Carlos de Praga, descer e voltar a subir as escadas da Praça de Espanha em Roma, empanturrar o estômago na Cabana Las Lilas do Puerto Madero de Buenos Aires. Gozar a luz de Lisboa a partir da muralha do Castelo de São Jorge.
Caminhar pelos Campos Elíseos de Paris sem destino certo, só por caminhar; perder um dia na Porte de Versailles no Mondial de L´Automobile, carregando vários kgs. de catálogos da maquinaria de elite por ali exposta.
Vou por aqui. O resto do mundo pode, por ora, esperar.

8.25.2008

As time goes by

Céu meio encoberto, com o sol a querer romper.
Um arroz de lingueirão irrepreensível, empurrado por um verde gelado.
O Ben Harper a fazer-se ouvir pela sala.
Estava-se bem, um dia destes que passou, no Museu do Arroz na Comporta.

Primeiras inquietações da rentrée:

Será admissível o nome "Yebda" para um jogador de futebol? Ainda para mais para um executante engalanado com uma autoestrada amarela na cabeça, pintada com tinta de cabelo daquela barata?

8.18.2008

E então: as férias foram boas?

Não. Ficaram muito aquém das expectativas.
A concorrência entre as praias era fortíssima. Depois, uns dias estava muito calor, outros um vento insuportável, outros ainda bastante fresco para tirar a t-shirt, o que dificultava enormemente a minha prestação.
Por outro lado, já se sabe que de manhã, o que sabe bem é ficar a dormir na caminha e as pessoas têm a mania de ir para a praia logo de manhã, o que é manifestamente desagradável.
Acresce que, em muitos dos dias, ao chegar à praia, ficava bloqueado com o excesso de veraneantes que por lá estavam. É que a praia estava mesmo a abarrotar.
E não posso esquecer a inquietante presença do senhor das Bolas de Berlim e do Nadador-Salvador, que claramente me distraíram e intimidaram naqueles dias.
Num dos dias, inclusivamente, deu-me mesmo um ataque de histeria ao ouvir o som que as colunas do bar da praia emitiam.
Por tudo isto (e mais algumas coisas que por ora não me lembro), pese embora tenha prometido que este ano ia gostar muito da praia, falhei os meus objectivos. Assim, declaro que abandono a minha carreira de veraneante.
Eu durante o resto do ano até sou capaz de passar duas horas seguidas na praia, dar 5 mergulhos numa tarde, ler um livro em 3 dias ao sol, mas não sei bem porquê, chego a Agosto e é sempre assim. Deve ser psicológico, ou lá o que é.
Em suma, este tipo de férias não são para mim.

[Rendo desta forma homenagem aos nossos atletas olímpicos, todos medalhados na categoria "desculpa esfarrapada a resvalar perigosamente para a estupidez, a 15 metros com carabina de pressão, classe 470 com flik-flak à rectaguarda"]