9.21.2007

La Bombonera

Em trânsito do Pinhal de Leiria após a primeira etapa do Rally Centro de Portugal, a caminho de Castanheira de Pêra para a segunda etapa, passando pela simpática Marisqueira Tonico da Praia da Vitória, com destino final, lá para a tarde de segunda-feira, no Aeroporto Ministro Piastrini, quase quase no cú do mundo. Um cú bem jeitoso por sinal. Prometem-se as costumeiras fotos e relatos, de cá e de lá, se e quando se justificar.

9.19.2007

Coração de Melão

Hoje, às 19.00 horas, nova oportunidade para os nossos jogadores seleccionáveis da bola redonda, pochette Vuitton e pulseira de brilhantes aprenderem como se canta o Hino Nacional.
Cantado por veterinários, advogados, economistas, professores de educação física, puxado lá bem do fundo. Por cá, já começaram as habituais sugestões de que aquilo é demais, é filme, é forçado é no limite até um bocadito facho e tal.
Eu gosto de ver. Mais: adorei ver, contra os superhomens neozelandeses.
Por isso, hoje quero que o Nani e o Ronaldo se danem.
Hoje, as nossas vedetas vão ser mais pesadas, vão distribuir porrada a torto e a direito, e no fim, abrir alas, aplaudindo o adversário. E nunca mandam o árbitro para lado nenhum.
19.00 horas, Vasco Uva e seus companheiros, rumo ao ensaio contra os italianos.
Força rapazes!

Nem mais nem menos

Últimas adições ao iPod. Como é costume, coisas tão diferentes como Pavarotti, Gogol Bordello, Morrissey já velhinho, Manu Chao, etc.
Para chegar ao número redondo: 5000 músicas, canções, cançonetas, malhas.
Reunidas num único sítio, mesmo à mão de semear.
Pergunta-se a propósito: haverá 5000 músicas boas neste mundo?

9.17.2007

Os meus heróis não jogam à bola (II)

Retomo o post anterior.
Apenas para dizer que me ficou completamente "atravessada" a morte de Colin McRae. A palavra foi escolhida propositadamente.
Há pessoas com as quais, mesmo sem as conhecer, estabelecemos empatia, acompanhamos, à distância, as suas carreiras. Preparava-me aliás para o rever na etapa portuguesa do Lisboa-Dakar 2008, confirmada que estava a sua presença ao volante do BMW X3 X-Raid oficial. O que significava também grandes imagens, via Eurosport, Marrocos e Mauritânia abaixo, pois o BMW ia voar baixinho, certamente!!
É impressionante o conjunto de testemunhos de malta nova, muito nova, que nasceu a ver o escocês do Subaru azul (indissociável, até por ter sido o carro com que venceu o seu único campeonato do mundo de ralis, em 1995) a abrasar pelas florestais fora, lamentando a perda do seu ídolo. E do típico adepto português apaixonado, sempre ávido de ver o piloto que passa para lá das marcas... Assim, digamos, o antónimo da condução clean do campeoníssimo Sebastien Loeb.
Reafirmando o meu gradual afastamento do futebol, inversamente proporcional à minha paixão pelos automóveis, manifesto o meu choque pelo desaparecimento daquele que terá sido o mestre do espectáculo em ralis. Ouso mesmo dizer, alguém que, juntamente com Henri Toivonen, bem poderá merecer o título do Gilles Villeneuve dos ralis.
Justamente por ser aquele para quem havia sempre, além da estrada, mais um bocadinho onde meter o carro. Ou onde bater com ele. E onde sempre houve rapidez, muita rapidez.
Conforme já referi noutra sede, Colin Mc Rae foi o autor da melhor passagem que me lembro de ver em ralis, no longínquo ano de 1998, na inevitável descida do Confurco do troço de Fafe/Lameirinha, a bordo do seu Subaru Impreza 555 WRC de 3 portas (que guardo na minha estante em 1/43, perto do seu Ford Focus Martini Racing. Aqueles com que venceu o nosso rali de Portugal, em 1998 e 1999). Uma descida para lá de todos os limites, quase a saltar fora da estrada em cada curva, a entrada no alcatrão com o pobre Impreza a roçar os dois lados do rail e a entrada em slide às quatro rodas, mesmo à minha frente e dos restantes 20 ou 30 mil fanáticos que aplaudiam como se de um jogo da bola se tratasse.



O mesmo Colin que um dia varreu ravina abaixo dois espanhóis podres de bêbados no cruzamento da Selada das Eiras, em Arganil, que não contaram com a diferente noção de espaço para atravessar o carro que aquele tinha...
Ainda, o mesmo que após sofrer três furos no vertiginoso troço de asfalto da Lousã com o Subaru Legacy 555 (a banheira japonesa...), chegou ao fim do troço apoiado em 3 discos de travão e uma roda, a bater de berma a berma. Como se isso fosse a coisa mais normal do mundo!

Ficam os meus respeitos à família, sabendo-se do drama que constituiu este acidente de helicóptero onde faleceu igualmente o seu filho e mais duas pessoas que os acompanhavam e um último tributo, em jeito de fotografia, ilustrando a forma mais espectacular de ver ralis na segunda metade da década de 90 em diante...



E nada melhor, para homenagear o grande Colin, que estar no próximo fim de semana na estrada, de São Pedro de Moel às Fragas de São Simão e ao Espinhal, a acompanhar de perto o Rally Centro de Portugal.
E sempre que alguém empandeirar o carro, salvar-se na última de um valente estoiro ou passar pertinho de um muro ou de uma árvore, recordar com saudade o velho mestre!


Respeitos.

9.16.2007

Os meus heróis não jogam à bola



Por ora, apenas um tributo em forma de video.
Amanhã, breves palavras que tentarão explicar quanto me custou engolir a notícia da morte de Colin Mc Rae. Cada vez mais, para mim, os meus heróis não jogam à bola.

9.14.2007

Então, bom fim de semana, sim?

Eu cá vou dar uma volta...

9.11.2007

Ouvisto de passagem (Eu bem digo que não devemos prestar muita atenção ao que passa na TV...)

"Eles estão lá para ser técnicos, não é humanos."

Aquela apresentadora do "Prós e Contras", a propósito do papel dos agentes da PJ no caso Maddie, interpelando com ar de caso um desses agentes, em directo, no seu programa.

Times Square

Nunca esquecido este dia. Respeitos, memória e o habitual pedido neste dia para que seja encontrado o autor moral da infâmia de Nova Iorque, há 6 anos atrás, para que seja castigado. Se, como disse o operacional da CIA, for necessário que a cabeça dele venha numa caixa com gelo, pois, seja então.

O meu amor e admiração por vós é infinito

Por isso mesmo, recorro aos tempos em que as pessoas ainda tinham graça para vos homenagear e relembrar a vossa eterna imaginação, heterogeneidade, inovação, diferença, enfim, tudo o que vos torna diferente no panorama musical e de entretenimento em Portugal e além-fronteiras...




Gosto mesmo de vocês, pá? Onde é o próximo "encontro inter-..."?

9.04.2007

Olha pá:

Ouvi dizer que estava um ilhéu perto de Lanzarote à venda. Pequenito, cheio de calhaus e tal.
Não te queres mudar para lá? Pensa bem, pá.

Danoninho Downunder

Domingo ao serão os felizardos que se borrifaram para o futebol merdoso que se joga entre nós e passaram pelas 10 da noite para a RTP-N tiveram oportunidade de assistir a meia hora de desporto a sério.
Todos os condimentos estiveram presentes: cenários fabulosos, grandes intérpretes desse desporto, acção a rodos, boas filmagens e planos diferentes, a história toda de fio a pavio e não o mero resumo a correr e um enorme fair-play e respeito entre os principais contendores: aqueles que andaram três dias ao redor de estradas de terra escorregadias picados um com o outro e no final ficaram separados por... 0,3 décimos de segundo! Que equivalem a uma pequenita escorregadela de traseira do derrotado. Ou se calhar nem isso.
Uma vez mais o mundial de ralis a proporcionar um despique memorável, inesquecível, entre dois senhores pilotos, Marcus Gronholm e Sebastien Loeb. Este último a quem faltou o bocadinho assim...

Porque foste nessa?

O estoicismo de certas pessoas impressiona-me.
Pelos motivos óbvios, de quando em vez tenho prestado atenção à violência extrema que constitui uma prova de triatlo. Nadar, sair da água a correr e montar uma bicla e no fim atirar com ela e correr à doida não é para todos. Muito menos fazer tudo isto sem paragens, apenas trocando o calçado e beberricando uma água nas mudanças de turno.
Revi ontem, depois de ter acompanhado o final em directo no domingo, a fabulosa prova de Vanessa Fernandes no Mundial desta especialidade. Creio que será, sem grande dificuldade, a atleta portuguesa mais medalhada de sempre. Chapeau!

A luta continua

Insónias várias, sonos trocados, calor, tédio absoluto.
O monitor do portátil treme ligeiramente, ficando baço de vez em quando.
A vontade de adormecer em cima dele é total.
O que vai salvando o quadro negro aqui experienciado é Death to the Pixies (Live) ouvido alto e bom som, a sequência enérgica de malhas gravadas ao vivo que impedem, por ora, o escriba de soçobrar...
It took the Haaaaaang wiiiiire! (Acompanhado de furioso headbanging)