5.28.2007

Na Haia ou em Haia?

Esta intrincada questão, amplamente debatida nas aulas práticas de Direito Internacional Público dos tempos da faculdade, de saber se é próprio dizer que se esteve "na Haia" ou "em Haia", pouco tem a ver com isto:

apareceu, de forma fugaz (poucas unidades, com rápida tendência para esgotar), nos escaparates da FNAC, uma colecção de 4 CD´s com 4 actuações diferentes dos The Sound, em (ou na) Haia, Utrecht e Arnhem. Mais um imperdível acervo para a colecção de registos desta banda que me enche os ouvidos há muitos e bons anos. Que será, seguramente, uma das minhas 3 bandas de culto.

Uma vez mais, cortesia You Tube:

5.25.2007

E mexe e remexe

Um dos clássicos da electrónica, daqueles bons para acordar...

5.24.2007

Um pouco de energia em final de tarde

Na falta de uma lata de Red Bull, um revigorante hit para acordar...

Ouvisto de passagem (uma enorme confusão entre pessoas inflexíveis e transmissões de jipes...)

"Sabe. É que ambas as partes estão IRREDUTORAS!"

A sério? E quantos diferenciais bloqueiam elas?

O Alzheimer é ou não de declaração obrigatória às autoridades?

Bom, por cautela, aqui fica um sintoma:

"Ponte dinamitada" pode desligar sul do norte

Almeida Santos invoca possível atentado terrorista para justificar aeroporto na margem norte


5.21.2007

O Verbo "Amandar"

Ainda os resquícios (os resíduos) do bi de ontem, pela voz maviosa do treinador da agremiação
(seguindo a pista deixada pelos Incontinentais ...

Especial festejos

Passando muito rapidamente da SportTV2 (onde assisti a mais uma pálida exibição da Académica) pela RTP N a caminho do Canal 1 para o Gato Fedorento, para confirmar os meus temidos receios de não poder assistir ao resumo do Rally de Itália, como habitualmente, atendendo a que o canalzinho público da treta (RTP N) estava de serviço aos ditos festejos. O tal resumo do WRC apenas foi para o ar às... 3 da manhã!
Única imagem que guardo dos tais festejos: uma algazarra monumental ao redor do repórter (tudo normal), onde uma turba gritava irada (também é tradição, ganhe lá quem ganhe) o costumeiro "slb, slb filhos da puta slb".
E não, não era nenhuma claque que ali estava. Era o povo. O Adepto.
Festejar títulos por ali é aquilo mesmo. Mesmo os títulos europeus (pasme-se!).
Ganhar sempre contra alguém (o Benfica, por sinal, que até ficou em terceiro...), nunca por si mesmo. Alguém que movido por interesses sinistros, atenta diariamente contra o povo mais nobre.
Sempre a mesma merda, portanto.

O Descanso merecido

A única vantagem dos anos em que o FCP ganha o campeonato é que (uma vez que não vivemos no Bairro das Antas nem perto da Avenida dos Aliados) podemos ir para a cama cedo sem medo de sermos incomodados por buzinas, caravanas automóveis, gritos histéricos, etc.
Tudo sossegado, como convém.

5.16.2007

Delírios de fim de tarde

Acabar os pendentes a reboque da passada ritmada de A means to an end, Joy Division.

5.14.2007

Bola. O fim, por ora

Pouco se falou de bola por aqui esta época.

As razões são facilmente apreensíveis: falta de qualidade crescente do espectáculo em Portugal, afastamento gradual da verdade desportiva, excesso de exposição do fenómeno, imprensa conivente com o lodo.

A primeira das razões:
continuo a achar que a Académica praticou o pior ano de futebol desde que subiu de divisão. Manifesta falta de qualidade da esmagadora maioria dos jogadores e um treinador com opções estranhíssimas, a que se somava no fim aquela conversa gongórica, ganhasse ou perdesse os jogos.
Dos muitos jogos que vi este ano, dei por mim ontem no final do jogo a interrogar-me se tinha assistido a mais do que uma vitória (!!!) no Municipal de Coimbra. Mau demais para ser verdade.
Por mim, ia tudo borda fora, apenas ficava cá o seguinte lote de jogadores: Pedro Roma (para mim, a merecer o título de jogador do ano, o maior!), Káká, Sarmento e Vitor Vinha pela margem de progressão, Brum, Filipe Teixeira, Dame N´Doye, Lino (a extremo esquerdo e a marcar livres), Hélder Barbosa (uma pena a sua lesão este ano...) e Joeano.
Valeu à Briosa que, abaixo, flutuaram três equipas ainda piores que nós. Nem imagino o que isso seja...
Nos lugares cimeiros, a mais que previsível vitória do Porto no campeonato deve-se principalmente à falta de aproveitamento das abébias que estes deram ao longo da época por parte de Benfica e Sporting.
É caso para dizer que só não ganharam o campeonato porque não quiseram.
Aproveitando a mediocridade patente do treinador portista, uma perfeita nódoa, um borradinho, medroso, a fazer recordar pelo contraste o mal-amado Co Adriaanse, muito mais virado para o espectáculo. Ao Prof. Jesualdo, agora nas conhecidas e públicas vestes arrogantes, ficava-lhe mesmo bem a derrota em casa com o Aves e a condenação, em processo sumaríssimo, pelo Tribunal das Antas em sessão de final de ano!
Assim sendo, nesta bizarria toda, só faltava mesmo o Benfica ou o Sporting serem campeões ao cair do pano.
Os primeiros, após terem dado o berro colectivo a nível físico, com o plantel mais fraquinho dos três grandes. Os segundos, após muita irregularidade e mau futebol. Seria uma barrigada de riso!

A segunda razão:
Some-se o gradual distanciamento do Processo Apito Dourado do palco mediático (arrumado lá, onde tudo é esquecido e branqueado) ao conjunto de infames roubalheiras a que assisti em Coimbra este ano para confirmar, se necessidade houvesse, que o lodo continua presente. E a tampa do esgoto escancarada.
Braga, Boavista, Setúbal e Sporting, quatro jogos, 12 pontos possíveis, apenas um marcado, com o denominador comum do gamanço despudorado a que assisti.
De onde emergiu claramente a actuação mafiosa do senhor Olegário de Leiria há 15 dias atrás, um clássico para mais tarde recordar...

As duas últimas razões (em formato de interrogações):

- Porque é que só se fala de futebol nos media portugueses, em detrimento de TODAS as restantes modalidades desportivas? Porque é que temos que assistir à conversa fiada dos intervenientes todos os dias, a vomitarem sempre as mesmas banalidades (alguns deles de fato e gravata e chapéu cor-de-laranja)?
- Porque é que NÃO HÁ notícias sobre o processo Apito Dourado em NENHUM dos três jornais desportivos diários portugueses?
- Porque é que os mesmos jornais dão notas positivas a árbitros que no dia anterior roubaram de fio a pavio (como bem fez A Bola após o jogo AAC/OAF - Boavista)?
- Porque é que as TV´s, incluindo o canal pago SportTV dão resumos de 30 segundos de jogos não transmitidos em directo onde houve grossa roubalheira e não aparece nenhum dos lances polémicos? E de seguida nos brindam com minutos e minutos de declarações dos treinadores, jogadores, presidentes, etc? Mas que merda, as pessoas querem ver futebol ou cromos a falar? Relembre-se, a propósito, a escandalosa operação de branqueamento da arbitragem do AAC/OAF - Sporting de ontem, onde os senhores realizadores da SportTV (certamente executando ordens superiores) se esqueceram, no dito resumo, de mostrar o penalti roubado à Académica, o contra-ataque parado a meio-campo com a mão por um jogador lagarto e a falta que daria, em qualquer lugar do mundo, o segundo amarelo a João Moutinho...
- Porque é que o sr. Olegário apanhou 3 jogos de suspensão após o assalto de Coimbra e a notícia foi nota de rodapé, escondidinha e só em poucos jornais?

O que se depreende disto tudo? Imprensa subserviente, marca indelével de sociedade atrasada, terceiro-mundista, manipulada e oprimida.

Tudo muito mau, azedo e de má pinta.

Espera-se que a rentrée, lá para inícios de Agosto (por causa do Europeu 2008), traga coisas bonitas, positivas, como diria Artur Jorge.

Falta agora arrumar o futebol a sério, com jogos muito a sério: finais de Champions e UEFA e, no próximo sábado, a fabulosa final da Taça de Inglaterra, no novo Wembley. Isso sim é espectáculo de futebol!!

Até para o ano, as trivialidades do costume seguem dentro de momentos.

5.11.2007

De olhos bem abertos

Há um conjunto de músicas que, além doutros méritos, assumem um carácter utilitário.
O de ajudarem a espantar o sono quando viajamos de carro, sozinhos, noite fora.
Encontrei mais uma que cabe perfeitamente nesta classe (seguindo mais uma "pista" interessante deixada por um grupo de sub-25´s com que me cruzei há poucos dias, entretanto confirmada pelo enorme destaque dado no "Y" do Público de hoje): Sem Makas, Buraka Som Sistema.

Brevemente num auto-rádio perto de si ou, quem sabe, numa perdida noite de copos, em final de sessão, já de luzes acesas (hipótese mais remota, ainda assim)...

5.09.2007

Maravilhosos Corações Felpudos

O que se julgava impossível de voltar a acontecer.
No reinício da Queima das Fitas após a crise académica, em inícios de 80, Marco Paulo actuou nas Noites do Parque (no velhinho palco em frente ao coreto), tendo terminado a sua performance a fugir de uma chuva de ovos e tomates arremessados pelos estudantes, afirmando peremptoriamente que jamais voltaria a actuar em Coimbra.
Assim reza a história que já ouvi milhares de vezes.
Pelos vistos, o inefável Marco será a atracção do (já por si habitualmente caótico) Chá Dançante.
Se o dito tivesse actuado há uns 10 anos no mesmo evento, eu não imagino, sinceramente, o que aconteceria... uma invasão de palco? o arremesso de coisas variadas? tudo junto?
Só de pensar rio-me sozinho...

Joé! Que caló!

Na brasa destes dias, uma saltada ao cortejo da Queima em final de tarde (e de percurso do próprio), ali na esquina da Câmara Municipal. Constatando quão penoso é o desfile em tarde de canícula, com a estudantada encharcada em tudo o que é líquido, com um aspecto mais que duvidoso, além de muito mais embriagada que numa tarde amena (ou chuvosa).
Por outro lado, confirmando uma ideia: AS estudantes resvalam, regra geral, para um perigoso estado de semi-barril. É inacreditável o número de miúdas trajadas com mais de 80 kgs. com que me cruzei ontem à tarde. Absurdamente gordas, feias e com borbulhas na cara (espinhas, a norte). A obesidade é mesmo o hot topic a seguir nos tempos mais próximos...
Em relação ao meu tempo de Queima e Faculdade, outra constatação é que nesse tempo as miúdas eram bastante mais giras.

5.04.2007

Pi Pi

Encontro-me em estado inebriado com Golden Skans (e já agora, com o restante Myths of the Near Future), Klaxons. A abrir o apetite para o concerto no mesmo dia de Arcade Fire no SBSR.

De volta ao Rally de Portugal

Bem sei que com indesculpável atraso, mas como diz o emigrante português em terras de Monsieur Sarkozy, "mais vale tarde que jamais". Seguem as fotos restantes das nossas paragens a sul, no interior algarvio que bem merece uma visita!



Uma das nossas maiores riquezas. Ainda São Brás de Alportel, sexta-feira à tarde.




Sábado à tarde, perto de Ourique. O amarelo garrido das flores à espera da passagem dos primeiros.



Poucas coisas ou acontecimentos levam, no ano de 2007, tanta gente para o campo passar a tarde...




Será esta a essência da coisa? Ficar convenientemente longe da estrada, ainda assim num local tão espectacular como este, beberricando uma cervejinha fresca... Prazeres de sábado à tarde!



Na antiga Nacional 2 há um miradouro com a indicação "Serra do Caldeirão". Passei por lá depois de ter estado aqui. Para chegar aqui é preciso estudar muito bem o Google Earth. A vista é incomparavelmente superior ao dito miradouro "oficial". Como é costume nestas coisas de todo o terreno, aliás! Domingo pela manhã, Serra do Caldeirão, algures atrás de Salir / Barranco do Velho.



O final. Aquelas coisas que o nosso país tem para nos oferecer em recantos escondidos. No mesmo local, bem no alto da serra, um moinho abandonado.



A história da trouxa dos ciganos, do regresso do emigrante, não andará muito longe disto...

E pronto.
Espera-se agora que para o ano haja mais. Já sabemos os caminhos, os timings, tudo será mais fácil. E o prazer de andar por aí, onde poucos já estiveram, sempre presente.

5.03.2007

305/30/19 e 235/35/19

Chamo a atenção, como várias vezes por aqui, para um comparativo entre o novíssimo Audi R8 e um Porsche 911 Carrera 4S 997 Coupé presente nas páginas da Auto-Foco (remodelada graficamente. Para pior, quanto a mim.)
Bem sei que não sou acompanhado por muita gente, mas para o meu modesto (embora coerente) gosto, nunca na vida, jamais em tempo algum trocaria o 911 daquele teste por uma coisa espampanante como o Audi R8, um Lamborghini Gallardo ou um qualquer Ferrari.
A questão é justamente essa: ser ou não espampanante. Estacionar à porta para ver e ser visto ou ir acelerar para um sítio sem povo. Ter carro para a volta de domingo ou ir trabalhar todos os dias num automóvel fiável, sem vibrações e barulhos, embalado embora pelos seus 355 cavalos.

P.S. - Para a malta distraída, o título do post contém as medidas dos pneus do 911 Carrera 4S (majorados em relação ao resto da gama abaixo), diferentes no eixo dianteiro e posterior, como convém a um carro à séria.

Daylight savings

Confirmo na Blue Wine que apareceu hoje nas bancas uma ideia anteriormente saboreada: do Cedro do Noval para o Quinta do Noval, para além de uns bons 30,00 €, poucas diferenças são notadas. Ou seja, o irmão mais novo dá muito bem conta do recado por uns competitivos 20,00 €.
Ambos a um nível elevadíssimo! Mais um label de sucesso por terras do Douro.

Chamada para si

Ouvindo London Calling, Clash, sem a mínima condição de falar com ninguém por telefone.
Ainda efeitos da passagem meteórica do chulo Olegário por Coimbra na passada segunda-feira.

5.02.2007

Juntar a fome à vontade de comer

para criar algo capaz de proporcionar um serão agradável / um ambiente de cortar à faca...

No pare siga siga



Já muitas vezes disse que era O concerto que mais se coadunava com as noites da Queima das Fitas. Ninguém me ouve.

Filhos de um Deus menor vs. o filho da puta

Segunda-feira houve um jogo de futebol em Coimbra.

Do que se passou por lá, acho que já está tudo dito (imagens é que infelizmente há poucas, como é costume).

Registo um momento: a saída de campo do impune vigarista que foi mandado pela máfia do Norte apitar o jogo, rodeado dos habituais polícias (que deviam ser da divisão de trânsito, caso contrário deviam ter dado voz de prisão ao colectivo...), debaixo de um monumental coro de assobios (que devia ter sido de cadeiras de plástico pelos cornos deles abaixo), foi acompanhada pelo nosso capitão Pedro Roma, que num acto de assombroso desportivismo e educação, aliás seu timbre, protegeu, à sua maneira, a saída de campo do trio de ataque do Sporting de Braga (Olegário de Leiria e seus camaradas de putedo). Como foi possível ter aquela calma toda, não explodir de raiva nas fuças hediondas daquele ser efeminado, cheio de terjeitos mariconços?
Depois, à boca do túnel, desviou-se, e veio à bancada pegar num miúdo ao colo, com uma calma olímpica. Um exemplo de serenidade e fair-play deste enorme jogador, após uma fantástica exibição (mais uma!).

Um grande abraço ao Pedro Roma.

P.S. - Quanto ao resto, não assistimos a um jogo de futebol. Antes a uma aula prática de Processo Penal, sobre recolha de matéria factual para abertura de inquérito criminal.

P.S. 2 - Problemas técnicos afastaram-me do acesso à Net desde a tarde de segunda-feira. Ainda bem que assim foi. O que não seria escrito por aqui no serão de segunda-feira.

P.S. 3 - Foi dado mais um passo para o meu abandono do futebol.