3.28.2007

Right Minus, Tight Hairpin Left

Infelizmente, a voz que tantas vezes cantou notas destas nas maratonas de Playstation 2 (Nicky Grist, para que conste) não vai estar no banco do lado a partir de amanhã por terras do Algarve. Se estivesse, era bom sinal. Era a prova de que Colin McRae lá estaria igualmente a disputar o nosso Rally de Portugal.

Autor da mais memorável passagem em ralis que me lembro, na descida do Confurco, no troço de Fafe / Lameirinha em 1998, no seu Subaru de 3 portas.
Roçando com os cantos traseiros dos 2 lados nos rails da ligação de alcatrão, ao mesmo tempo que fazia rodopiar o carro, entrando totalmente atravessado de novo na terra à frente da multidão que urrava como se estivesse num jogo da bola.

Só que neste jogo, normalmente ganhamos sempre. Porque estivémos lá.

2 anos mais tarde, fiquei, junto com a turba de fanáticos, chapado no fabuloso livro Rally Cars do famoso fotógrafo Reihnard Klein, no mesmo sítio, vendo passar um Seat Cordoba WRC.

1984, 1987-1998 ininterruptamente (em maior ou menor extensão), 2000, 2001 e agora 2007.

Anos de pouco sono, muito pó, sandes e mais sandes de tudo e mais alguma coisa, imensa excitação e de conhecimento desse belo Portugal por onde poucos passam - Coruche e Martinchel, o alto da Serra de Montejunto, a Serra de Figueiró, a Lousã e seus arredores, Arganil, Fafe, Mondim de Basto, Serra da Aboboreira (com o Marão ao fundo a espreitar), a Serra da Boa Viagem, etc.
Agora, o interior algarvio, vergonhosamente ignorado pelos banhistas que passam A2 abaixo a toda a velocidade e onde, até agora, me incluo.

Ficaram a faltar no CV do amante deste desporto dois ou três momentos: uma noitada em Arganil, no tempo das fogueiras e troços às 5 da manhã, a manhã tenebrosa de Sintra e S. Lourenço da Montaria (entretanto já calcorreado de jipe).

Assim sendo, segunda de volta ao posto, relatando o que se passou pelos Algarves.

See Ya!


Ontem à noite eu vi televisão

Ainda que amplamente anunciado, devia ter sido obrigatório assistir ao programa "Portugal: um Retrato Social", da autoria de um dos últimos livres-pensadores moderados que vale a pena ler e ouvir, António Barreto.
Vindo de quem vem, a expectativa era alta, e a meu ver, foi superada.
O tratamento de imagem, a fantástica banda sonora (de Rodrigo Leão), a voz off do próprio autor (que por opção, nunca vai aparecer em nenhuma das partes do documentário) e a forma straightforward como foi tratado o tema do primeiro programa foi um dos momentos mais altos de TV dos últimos tempos de Belas & Mestres, concursos com apresentadores anafados, etc.

De tempos a tempos, que realmente interessa ver, ler e ouvir, lá aparece. Ainda bem.

3.26.2007

Quem Manda? Quem Manda? Quem Manda?

Queriam que a resposta fosse "Salazar"?
Não é.
Quem mandou, para mim, naquele programazeco da estação pública de TV que se arrastou meses a fio foi um qualquer hacker da informática que arquitectou uma forma qualquer de produzir SMS de forma massiva e assim condicionar a votação.
O que por um lado até é merecido, atenta a estupidez do formato do programa, onde ainda ontem se disse que, no tempo de D. João II, até era aceitável que se fizesse a folha aos opositores enquanto que Salazar foi um assassino, um porco fascista.
Isto quando o escopo do programa era comparar estas figuras, à mistura com Fernando Pessoa, Camões e outros...
Manifestamente não acredito que tanta gente assim tenha votado no senhor P. do C. de plena consciência.
Mas admitamos que sim, que até foi o povo. O que isso quererá dizer afinal?
Falo por mim, nunca, em dia nenhum à excepção do início do programa de ontem, prestei atenção a semelhante coisa. Aliás, o meu desprezo pela televisão é cada vez maior.
Logo, naturalmente não me sinto minimamente representado naquela votação. Nem naquela nem nas demais.
Lembrem-se que já só votam metade dos eleitores para eleger PM e PR...
Portanto, quantos votaram para eleger Salazar como a maior figura de Portugal?
O hacker de forma fraudulenta?
Algum povo saudosista ou ressabiado com o estado actual das coisas?

Conclusão: (por favor) não retirar daqui muitas consequências.
Vai ser incha, desincha e passa.
Rir um pouco, desprezar o fenómeno.
Não tenhais medo, os ultras actualmente são membros de uma claque da bola...
Eu desde que vi um fulano de cor numa claque da bola a fazer a saudação nazi (!! sim, foi verdade...), fiquei definitivamente convencido que essas coisas são passado.
Não voltam, porque a malta não sabe bem o que é...

Prémio "E esta merda é toda nossa olé, olé!"




especialmente dedicado aos nossos bravíssimos jogadores de Rugby que aguentaram em Montevideu a vantagem trazida de Lisboa, assegurando um lugar no Mundial da modalidade, a disputar em França lá para Setembro.
Bom, aguentaram isso e mais alguma coisa...

3.22.2007

Prova dos nove e qualquer coisa

Minto. Foram mais de nove.
No passado sábado, os copos de:
Arinto Prova Régia Branco 2005 (a valer um 16 pela frescura e por me fazer lembrar os memoráveis jantares do Camané da Ilha de Faro)
Quinta do Cidrô Chardonnay Reserva Branco 2003 (outro 16, uma coisa cheia de personalidade, que não deixa meias opiniões... ame-o ou deixe-o!)
Herdade dos Grous Tinto 2005 (um vinho enorme, uma forma imperial para a idade. 17, quando não 17,5! Do melhor que o Alentejo já deu a beber!)
Vinha Grande Tinto 2001 (muito bom, evoluiu em garrafa de forma brilhante. 17 também!)

Em resumo. Uma noite regadíssima, à espera do GP de Melbourne, discutindo planos avançados para o Rally de Portugal, cada vez mais perto...

Nós por cá

Em tempos de ebulição laboral, fomos apanhados, deliciados, a ouvir o não-menos-delicioso álbum de Klaxons a plenos phones via iPod, ao sabor de enorme ventania, no Deck 2 da gare do Oriente, olhando o Tejo, naquela que deve ser uma das mais bonitas estações de comboios do mundo...

3.16.2007

F 1 2007: prós e contras

Não busquei inspiração naquele inenarrável programa da RTP com o mesmo nome, com uma apresentadora para a qual não arranjo melhor qualificativo que "saloia enfeitada".
Bom, adiante. Estávamos de volta da RTP. Chegamos à F1.
A partir deste ano, um exclusivo Sport TV.

Vantagens e desvantagens, como sempre.

Pelas primeiras:
- a possibilidade de ver TUDO o que se passa em pista, de quinta a domingo, como ontem, por exemplo, em que pudemos assistir ao treino livre de 1.30 hora (!!).
- não termos de aturar comentadores idiotas como o encantador Paulo "Snake" Solipa, que nos embruteceu anos a fio na RTP. Por ora, no canal pago temos José Miguel Barros, que pese embora o tom monocórdico, pelo menos sabe do que fala...
- não apanhar anúncios de permeio.

As desvantagens:
- há que manter viva a assinatura da Sport TV (A Premier League ajuda a manter o interesse no serviço...).
- há que estar perto de casa à hora da corrida, pois caso estejamos na rua ou de fim de semana não vemos nada.
- deixámos de ter RTL, com reportagem a partir do local, pois a mafia TV Cabo já se adiantou e cortou o acesso ao único canal gratuito da grelha que transmitia a F1.

3.12.2007

Especial Rally de Portugal

Como o prometido é devido, e na esteira das publicações estrangeiras que amiúde nos presenteiam com coisas análogas, segue uma lista de personal belongings indispensáveis para que o adepto avisado acompanhar o regresso do nosso país às lides dos Ralis mundiais.
Acompanha alguma experiência sobre o que é mesmo preciso para esse animado fim de semana. O critério é, como habitualmente, a anarquia total, e crédito ilimitado.
Pressupõe uma ida em grupo, tipo 4/5 pessoas. Ou mais.

Assim sendo, bloco de notas em riste, cá vai a check-list:



Hotel para o fim de semana, pode mesmo ser aqui neste de cima. É simpático, fora da confusão e perto dos troços. E o pequeno-almoço é muito bom.




Uma reflex digital com uns 10MP e teleobjectiva 70-300 que permita fotografar longe dos carros, dos calhaus voadores e, mais uma vez, do pó.




Uma T-9 para aquelas fotos de proximidade do GNR de mini na mão, o gajo perdido de bêbado a dormir atrás de um medronheiro, aquela vista brutal do alto da serra no meio de nenhures, a foto de família dos fanáticos, etc.



A mochila Lowepro para arrumar a maquinaria toda em condições anti-pó (brincadeira esta, hem?)


Um presunto pata negra, arrumado na mala, bem acondicionado.


10 pacotes de Bolacha Maria Torrada. Um clássico!



Dois cantis com 15 bicas bem tiradas, para reanimar a malta a meio da manhã / tarde.



Uma palete de garrafas de água de 1,5 ltrs.



Imprescindível. Nada mais apropriado para tirar o pó agarrado às paredes da garganta que uma lata de Super Bock barbaramente gelada.




Uma garrafa de tinto para o fim da tarde.



Uma de branco para casos extremos de pó e sede.



Um frigorífico portátil para colocar as coisas boas que se bebem quando há muito pó. A ver infra...



Uma enfermeira? Nada disso. Uma máscara anti-pó para cada secção da prova. Ou seja, 3 para as manhãs, 2 para as tardes. Por pessoa.



Vários pacotes de toalhitas de limpeza. Perguntem a quem vai ao Dakar quão bem sabem no meio do pó e da terra em suspensão!



Um esfregão para tirar o pó e terra entranhados. Imprescindível!



Várias caixas de cotonetes. O pó levantado por um carro com 300 cavalos na terra fofa, quando chega, não distingue classe, casta ou condição social...



10 frascos de Shampoo e Gel de banho. Não só para o corpinho, mas também para tirar o negro do esmalte da banheira no fim do banho.



Um polar. Para usar até às 10.30 da manhã.




Uma mesa com cadeiras em kit desmontável. Vai na mala, just in case...






Fundamental. Umas boas sapatilhas com sola Vibram. É que nestes dias, tanto andamos 150 metros para ver os carros como 5 kms. Muitas vezes em passo acelerado...



Uma lanterna de cabeça, para não estorvar e dificultar qualquer operação a decorrer antes do nascer do dia...




Um relógio dos bons, com bússola electrónica e cronómetro, tudo com números muito grandes.




Um mapa de estradas. Acompanhado de uns prints do Google Earth e de cartas militares ajuda muito.






Os 2 meios de transporte: um Mercedes GL 420 CDI (versão 7 lugares s.f.f.) e um Helicóptero Agusta, para o caso do trânsito apertar e o pó ser muito.
A escolha do primeiro prende-se com uma "coisa" chamada Pack Off-Road Pro, equipamento de série, que basicamente transforma este SUV luxuoso num tractor todo o terreno que sobe corta-fogos de marcha-atrás. Quanto ao segundo, é parecido com o que o board da Subaru / Prodrive andava por cima de Fafe em 2000.



Três destes também dão muito jeito. Em nome de uma firma abastada, de preferência.




Um identificador de Via Verde. Desde que não seja para eu pagar.


Um GPS, para apanhar aquele trilho escondido que vai dar a uma curva sem povo.




Para o caso de haver levante no Estreito de Gibraltar ou o tempo ser o mesmo do ano passado: chuva e nevoeiro.





Uma mochila levezinha e arejada para levar os pertences.


Um boné para o sol, esperando-se que seja muito. No final do dia retirar o pó com a ajuda das toalhitas que são referidas supra.




Uma caixa de charutos dos bons para o aprés-ski (rally), comentando as incidências do dia e beberricando mais uma imperial.



Uma meia-dúzia destes para evitar o calor.

Um par de óculos de sol, dos bons, dos que não fazem reflexo. Melhor. Dois pares, iguais.




Um rádio pequeno com boa captação FM e som Mega Bass para ouvir como vai a prova e apanhar aquelas rádios locais fabulosas que sempre ouvimos nos ralis por esse país fora...

Finalmente, levar os números de telefone dos restaurantes todos onde é previsto passar e sentar, para marcar mesa com antecedência.

E pronto. É mais ou menos isto. Se virem alguém nestas condições (cumulativas), sou eu.
Se não virem, paciência. Tentem para o ano.

Glória a Nós

Que somos abençoados com tardes de sol como a do passado Sábado: Moledo, com vista para o mar e o Monte de Sta. Tecla, 0 kms/h de vento, um Trinidad Fundadores a queimar vigorosamente e um cálice de Vinho Fino com mais de 50 primaveras. Glorioso!

Atafulhado. Cheio. Empanturrado.

Um encontro imediato do meu iPod com mão amiga munida de cabo de downloads e portátil encheu-me ontem, entre dois tragos do surpreendente Lavradores de Feitoria Três Bagos Sauvignon Blanc 2005, um branco ideal para o verão antecipado que temos, o já apertado disco de 20 GB de coisas tão boas, tão boas, que agora não sei por onde começar: Klaxons, uma bootleg edition de White Stripes, Turn on the bright lights de Interpol (com injustificado atraso...), Neutral Milk Hotel, (tudo sobre) Yeah Yeah Yeahs, The Good, the Bad and the Queen, the Killers (Hot Fuss e Sam´s Town) e mais umas coisas ao vivo de Arcade Fire vindas sabe-se lá de onde...


Boas tardes em perspectiva!

3.09.2007

Faltam 19 dias

Para o início do nosso Rally de Portugal.
Brevemente por aqui, um extenso foto-rol de bens que o adepto avisado e experiente que pensa deslocar-se até aos Algarves e que não quer perder pitada do que por lá se passar não deverá esquecer em casa.
Bens que vão desde um Agusta 109 Grand até um pacote dos grandes de cotonetes.
Serviço público Maquinista no regresso dos mestres do slideshow e do scandinavian flick a Portugal.

Stand up for the special ones

Que é dizer, para os automóveis antigos, felizmente reabilitados por cá ao estatuto de "moda", como facilmente reparamos na quantidade de eventos dedicados ao tema, negócios ao redor, etc.
Assim sendo, torna-se incontornável passar uma horita a apreciar o número especial comemorativo do 25º aniversário da bíbila inglesa Classic & Sports Car, edição de Abril.
Que ainda assim nos relembra o nosso impenitente e permanente estado de pelintra, aquele que só entra nestes mundos pela via da imprensa e da escala 1/43...

Do NOT bother me

A propósito do (meritório, sempre meritório) estudo científico sobre a qualidade (ou da pretensa falta dela) bacteriológica das alheiras que consumimos em Portugal.
Ó minhas senhoras, preocupem-se com outras coisas, deixem-nos curtir as coisas boas porém emporcalhadas que temos por cá! Começámos nos queijos caseiros, passámos nas matanças do porco, um dia destes proíbem-nos o arroz de cabidela e os jaquinzinhos (será pedofilia?)...
Associo-me à voz impopular de Miguel Sousa Tavares, que de tempos a tempos vem lembrar que um povo que é povo (ou que diz ser, ou que quer continuar a ser) não se pode auto-flagelar e auto-proibir e reprimir!
Ponham os olhos nos nossos vizinhos do lado, a que ninguém faz frente nas suas tradições.

3.07.2007

Notícias do Mundo

A equipa cujos adeptos no passado Sábado assobiaram o minuto de silêncio em memória de um guarda-redes da nossa Selecção e que mais uma vez festejaram um golo num jogo no estrangeiro cantando "e quem não salta é lampião olé" foi eliminada da edição 2006/2007 da Liga dos Campeões.

Forróbódó

3 de Julho, Lisboa. Ao que já se sabia - a segunda actuação de Arcade Fire entre nós - junte-se, em jeito de aquecimento, mais um gig de Bloc Party e Klaxons, no mesmo dia.
Haja frescura ambiente, porque o ajuntamento será intenso...

3.02.2007

A tarte de maçã

Compro a revista Sport-Auto francesa de Março (hábito aliás perdido nos idos de Janeiro de 1996 e religiosamente mantido até 2003, altura em que mon coeur "balançou" em favor da EVO inglesa...) Na página 82, uma foto a toda a largura da página, mostrando o campeoníssimo Sebastien Loeb, no final de um troço do Rally de Monte Carlo, totalmente extenuado, a saborear deliciado uma tarte de maçã que o dono do tasco onde acabava o troço lhe ofereceu numa bandeja, pelo vidro do Citroen C4 WRC. Este o flash que numa imagem ilustra o porquê de gostar muitíssimo mais destas provas que da asséptica, insípida, super-salubre, enjoada e de mau-feitio... Formula 1!! Aqui, no final ou no início de um troço, ou durante o mesmo, as coisas passam-se MESMO ao nosso lado e as pessoas são normais...

O Maquinista

O que só se levanta de madrugada, come mal ou não come, passa sede, apanha pó, molhas integrais, frio, calor, alergias cutâneas, por um de dois motivos: boa música ou automóveis.

O díptico do prazer



Neste, a ouvir isto

Luminoso fluorescente

Entretanto, ontem pela manhã, bem cedo, deu entrada na nossa redacção pela porta das traseiras Neon Bible, cognome O Aguardado.

Demoro muito tempo a ficar retido por uma música, aprisionado, num estado de necessidade desculpante que me leva a regressar a ela com inusitada frequência na roda do dia e na click-wheel do iPod.

No cars go, agora com arranjos de orquestra, passou de uma música engraçada a uma das coisas mais poderosas e agitadoras que algum dia ouvi. Passou à primeira impressão, para a galeria das minhas malhas de sempre. Acompanhada do ligeiro arrepiar da penugem que sempre aparece nestas alturas.

Como é possível o país mais seca do mundo ter dado à luz semelhante fenómeno?

Nascido a 4 de Julho

Tom Cruise no papel de Marine deficiente? Nop.
Dia da Cidade de Coimbra? É, mas também não será por aí.
4 de Julho. O regresso de Arcade Fire à nossa terra. Não no local ideal, propício a enchentes monumentais e fraca visibilidade (Parque Tejo, LX).
Seja aí, noutro local do rectângulo, a 3, 4 ou outro dia qualquer, be there on time.

3.01.2007

O Homem do Bigode

É pena que só se fale em bola por aqui por motivos tristes / desagradáveis.
É a vida. No caso, manifestando os respeitos a um homem do tempo em que os jogadores não tinham tiques bichonas, não usavam pochette Vuitton e tinham bigode farfalhudo.
Manifestando assim tributo à memória de um grande benfiquista e guarda-redes da nossa Selecção que tantas vezes vi jogar nos meus tempos de puto.

De quem guardo a imagem de enormes defesas e do chapadão que pregou ao Manuel Fernandes, um dia que este lhe deu um encosto numa jogada na área do Benfica, em dia de derby!

Até sempre, Bento!

Relatos de cenas urbano-depressivas agudas

Assistir, no fim de um longo dia de trabalho, a um jogo de futebol português onde 2 equipas se entretiveram a tentar provar, uma à outra, qual conseguia jogar pior durante 90 minutos, tudo embalado por mais uma arbitragem do mais canalha que se consegue arranjar.
Foi assim o serão da noite passada. Mais uma vez, porque é que nos damos ao trabalho de ver estas porcarias? Há tanto livro bom para ler, tanta música para ouvir...

Relatos de cenas urbano-depressivas agudas

Apanho um jovem amigo munido de um lustroso iPod 80 GB Video, daqueles MESMO topo de gama, convenientemente recheado de milhares de músicas e clips a preceito.
Decidido a surfar por aquelas playlists fora, saco-lhe o brinquedo e coloco os phones.
Tive imediatamente que os voltar a tirar.
O som estava tão absurdamente alto que feria os meus pobres e já maltratados tímpanos.
Interpelei o teenager sobre o assunto. Respondeu-me que "era mesmo assim, que até vinha na rua a ouvir e tal..."
Note-se: eu gosto muito de ouvir música bem alto, em casa, no carro, no iPod. Mas aquilo não era ouvir música num tom elevado. Era agredir os ouvidos.
Pobre rapaz, pelo andar da carruagem, do iPod ao Sonotone que me habituei a ver nas orelhitas da velhada do tempo da Segunda Grande Guerra será um curto passo...

Perdidos e Achados

Por onde andarão os Wolfgang Press?
Passou por mim um flash da prazenteira malha Mama told me not to come perdida algures nos fundilhos das memórias...