Alphabet Soup
Uma terriola perdida muito próxima do centro geodésico de Portugal (porém do lado oposto do Zêzere e não muito longe das Águas Belas da autobiografia de Maria Filomena Mónica);
Um baile de época;
Um conjunto musical a tocar (até de uma forma bem composta e cheia) covers de Cult, Pixies e outros (FH5 era o nome do agrupamento, para que conste);
Um verão quentíssimo e uma noite estrelada;
Uma pilha de grades de cerveja vazias encimadas por um tipo completamente bêbado, qual nadador-salvador no areal, observando as garotas do alto, vociferando piropos que os nativos nem sóbrios à porta da missa de Domingo perceberiam;
Um grupo de pessoas igualmente grossíssimas, rindo desbragadamente dos circunstantes de tez rosada e camisa aberta ao redor;
Uma mija na parede convenientemente recatada de uma maison-tipo-chalé rosa choc, junto a uma persiana de onde assomou, atraída pela galhofa, a dona de casa mais sua filha teenager (lindo!);
O nosso ar alienígena no meio da populaça;
Um intenso cheiro a frango assado;
Passou-me este vertiginoso filme pela cabeça recentemente, recordando quão tolos e saborosos eram os tempos de teenager de férias nesse interior português...
(Em breve, novo retrato, desta feita a partir de local ainda mais buraco, muito mais longe da civilização e muitíssimo mais quente, com relatos eventualmente chocantes de uma noite numa danceteria de seu nome ACAPULCO DANCING. Não perca, aproveitando a veia confessional que emerge por aqui!)
6.12.2006
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