Há personagens que não enganam.
O discurso a armar ao formal, a voz colocada, a brilhantina lustrosa, tudo a cobrir uma espessa camada de grunhice, surpreendida aqui e ali pelas palavras mal empregadas (lá em casa já só peço uísssske), as calinadas e um ou outro pirêto lançado à bancada.
Nunca por nunca fui à bola com o Senhor da Carrazeda (vós que gostais da bola sabeis bem de quem estou a falar, adaptando a mítica frase do não-menos-mítico Palmelão [outro que tal]).
Esta semana, ao vê-lo a aproveitar os 5 minutos de fama que se dispensa aos famosos e emergentes (que não no sentido da emergência, mas andará lá perto...) não pude deixar de me lembrar do seu primo brasileiro da BD. Aquele que passa a vida a fugir dos cobradores...
As minhas perguntas continuam sem resposta: quando será engavetado (assim mesmo dito, com a crueza e ignorância próprias do mundo da bola em português) um dirigente desportivo em exercício de funções? Por que é que só quando abandonam tais é que são interpelados pelas autoridades? Será por isso que um deles, como Salazar, ocupará o cargo máximo até que a cadeira de escritório aguente?
Será que ainda existe a prevenção geral no Processo Penal?
O (meu) nojo adensa-se em redor do futebol. Atinge já dimensões preocupantes. Ou não me tivesse passado ao lado, de forma passiva, o Porto-AAC/OAF, para o qual apenas fui olhando entre duas garfadas de picanha e três tragos de Chocapalha 2004...
11.21.2006
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