Sábado passado, de stand em stand e que (ainda) me lembre, provaram-se os seguintes:
Warm-up:
Quinta da Sequeira Tinto 2004 - um 16,5 bem medido. Uma agradável surpresa.
Em aquecimento para o arranque da feira, no D´Oliva, em Matosinhos, que continua irrepreensível. Pedido a copo, que vinha em dose razoável e temperatura excelente, acompanhou uma fabulosa costela de vitela barrosã, que procurou criar o lastro indispensável para a desbunda alcoólica que se seguiu;
Já no Palácio da Bolsa, nos Tintos:
Quinta da Senhora da Ribeira Porto Vintage 2005 - 17,5. O primeiro da tarde, para começar mansa a série. Pela primeira vez provei um Vintage novo. Gostei muito. Uma raríssima concessão ao território estranho do Vinho Fino, para corresponder ao amável convite do staff da Casa Symington.
Quinta da Sequeira Grande Reserva Tinto 2003 - Acima do primeiro, 17.
Cortes de Cima Homenagem a Hans Christian Andersen Tinto 2005 - 17. Porreiro para Alentejo, bem feito.
Quinta de Roriz Reserva Tinto 2005 - 17,5. A caminho de uma grande forma. Ainda em estado de protótipo, sem rótulo.
Nídeo Grande Escolha Tinto 2005 - 17. Uma evolução do velho conhecido Valle do Nídeo.
VT Tinto 2005 - 17,5. Mais um da liga principal do Douro.
Quinta do Vallado Reserva Tinto 2005 - 15,5. A necessitar certamente de descansar em garrafa antes de ser bebido.
Xisto Tinto 2005 - 18. Uma delícia.
Quinta do Crasto Reserva Vinhas Velhas 2005 - 16. Diga-se o mesmo que foi dito a propósito do Quinta do Vallado. Ainda demasiado jovem.
Lavradores de Feitoria Meruge 2005 - 18. O responsável pelo stand referiu que este vinho estava para este produtor como o Charme estava para a casa Niepoort.
Concordo. Também aqui, à semelhança do que acontece com é de longe o vinho que mais aprecio, dentre a gama apresentada.
Lavradores de Feitoria Grande Escolha Tinto 2005 - 17. Saiu a perder na comparação com o dito Meruge.
Quinta de la Rosa Reserva Tinto 2005 - 17. Bom, mas esperava mais.
Quinta de la Rosa Passagem Tinto 2005 - 16. Ao que consta, novo projecto (mais um) na zona da foz do Sabor. Também simpático.
C.V. Tinto 2005 - 18,5. Claramente o melhor tinto da tarde, infelizmente provado a meio da viagem, em prejuízo claro dos restantes vinhos provados.
O melhor, claro está, na falta de Vale Meão, Pintas, Poeira, Batuta ou Charme para provar.
Quinta do Couquinho Reserva Tinto 2005 - 17. Mini-produção, resultados simpáticos.
Nos brancos:
Dona Berta Reserva 2006 - 16,5. Sou um adepto ferrenho deste branco. Achei piada à lista de restaurantes portugueses que distribuíam aos bebedores onde podemos encontrar este vinho da estrada para Freixo de Numão.
Dona Berta Reserva 2007 - 17. Creio que o ano passado foi um grande ano de brancos. Ainda melhor, promete para acompanhar os peixes grelhados do próximo verão.
Redoma Reserva 2007 - 19. O melhor branco entre todos. Agora até tive o azar de o provar choco, a uma temperatura tão alta que até era imprópria para um tinto. Até choco é delicioso.
Depois, um reforço mais fresquinho. E logo aquele inconfundível travo, perfumado, quase interminável, que faz deste o melhor vinho branco que conheço.
Acresce a simpatia do pessoal do stand da Niepoort, que se disponibilizou para abrir portas a uma visita (lá para Maio) ao local do crime: Quinta de Nápoles, berço destes fabulosos vinhos!
Dolium Reserva 2006 - 16. Um alentejano com alguma graça, ainda assim longe do Pêra Manca e do Esporão Reserva.
Quinta da Foz de Arouce 2007 - 14. A desilusão da feira. Tinha-me deliciado há tempos com o 2006, este resultou, no nariz avisado de uma enóloga da concorrência a quem foi pedido que provasse, em "barrica contaminada" e "cheiro a animal". Esquisito, muito esquisito...
Nídeo Grande Escolha 2007 - 17 & Valle do Nídeo Reserva 2007 - 17 - Ambos muito, muito bons. O Dona Berta tem companhia nas preferências...
Os mais da feira:
- Muitos rótulos e apresentações de garrafas com gosto, estilo e diferença;
- Aquele encanto do Palácio da Bolsa e o ar bem disposto dos circunstantes;
- Muita senhora de aspecto distinto e malta sub-25, com a roupa pinguça da moda e cabelo espetado, todos de copo de tinto na mão;
- Os rótulos das garrafas da Niepoort, lindos. Todos!
- Um balcão onde se podia comprar umas sanduiches e umas tapas. Estava escondido, mas dava imenso jeito para compor o estômago para as investidas seguintes.
- O nível geral de asseio, compostura e ordem de toda a feira.
Os martelados ou menos da feira:
- A falta de alguns "pontas de lança" Tintos e Brancos para a guerra dos "melhores";
- Os bimbos podres de bêbados do costume. Poucos, felizmente, mas a fazerem-se notar...
- O claríssimo desnível Douro vs. outras regiões, ainda assim mais equilibrado este ano.
- A falta de tempo para visitar a Feira Gourmet do Mercado Ferreira Borges.
Enfim, mais uma jornada de luta, mais uma tarde de prazer.
22 vinhos diferentes, que ainda me lembre. Em doses pequeninas, claro está.
Espero que a crise económica não impeça a realização deste evento em 2009 e, a ser assim, conto passar novamente por lá.
À Vossa!
3.10.2008
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2 comentários:
inveja...
D.
Para teu consolo, devo dizer-te que no ano passado esteve melhor... havia mais coisas "top" para experimentar!
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