7.29.2008

Unta e espreme

Ainda ao redor da praia, em miúdo ficava intrigado com uns senhores com um cassetete branco que deambulavam vestidos pela praia, com uma espécie de farda.

Vozes avisadas diziam que eram os "Cabos do Mar" e que andavam a ver, entre outras coisas, se as senhoras estavam a fazer topless.

Claro está que já passaram, entretanto, uns anos.

Hoje ouvi na rádio a preocupação do mesmo Cabo do Mar quanto à prática de massagens na praia, sugerindo mesmo a sua proibição na costa algarvia sob sua jurisdição.
Pode ser que, embalado por essa febre proibicionista, o dito Cabo do Mar interpele (em especial no Norte do país) e multe as Neusas Priscilas que se dedicam ao desporto de praia mais abjecto que algum dia presenciei: o de espremer, com as suas longas e bem tratadas unhas, as borbulhas (espinhas, no dialecto nortenho) dos seus namorados e familiares próximos estendidos nas suas toalhinhas de turco coloridas. É que, claro está, há que começar por algum lado.

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