Tropecei num exemplar com 13 anos de idade da extinta "Grande Reportagem". Reli-a, noite fora, como se fosse deste mês.
Tratava-se daquela revista, superiormente dirigida por Miguel Sousa Tavares e José Barata-Feyo, incompreensivelmente desaparecida dos escaparates.
Nessa altura já custava uns impensáveis 790 Escudos (confirmei na lombada na minha última visita). Era cara como o diabo.
Mas foi nela que encontrei alguns dos mais fabulosos relatos de viagens e lugares (muitos deles depois coligidos no livro "Sul" de MST), enquadrados por fotografia sempre de grande nível e artigos de fundo (as mais das vezes polémicos, como aqueles que foram dedicados ao tema do ordenamento do território e dos "atentados" urbanísticos), daqueles que mais nenhuma imprensa queria acolher. Provavelmente porque demoravam muito a ler. Eram compridos. E incómodos.
Nestes tempos de artiguinhos a correr, notas de imprensa e noticiário trivial, muitas vezes até com erros de ortografia, tenho muitas saudades da Grande Reportagem.
9.09.2008
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