Nunca perdendo o hábito de trilhar novas mesas e cadeiras afamadas na ciência lata do hospitality (o brilhante livro "Negócios à Mesa" de Danny Meyer explica de forma esgotante do que se trata...), aproveitando um jantar em Lisboa para visitar um local de referências insuspeitas: o Galito da Estrada da Luz.
Suspeitas confirmadas, um fantástico executor da cozinha alentejana deslocado na capital: os melhores ovos mexidos com espargos bravos que é possível imaginar (e que destronaram os invencíveis congéneres do S. Gião de Moreira de Cónegos...), um ensopado de borrego fabuloso e um lombinho de javali como jamais tinha provado.
Estranhei ser um restaurante 100% fumador, o que julgava proibido pelo regime legal vigente (sendo certo que a sala possui uma extracção de fumo exemplar, apenas se sentindo o cheiro mas jamais o fumo em suspenso no ar), mas não desgostei de acender uma cigarrilha no final do jantar, após a inevitável sericaia com ameixa de Elvas com que religiosamente deve terminar qualquer refeição alentejana...
Última nota para os vinhos: uma carta recheadíssima, com predominio dos produtores alentejanos.
Predomínio destes também nos altíssimos preços cobrados pelos seus vinhos, em comparação com as demais regiões, em especial com o Douro.
Assim, nada como aproveitar e beber um excelente (Douro) Cistus Reserva 2004 a uns justíssimos 16,00 € a garrafa, quando logo ao lado o (Alentejo) Chaminé 2007 (vinho de entrada de gama deste produtor) estava marcado ao mesmo preço... só por gozo, esta!
De duas, uma: ou uns têm o preço dos seus vinhos claramente inflaccionado ou os outros andam a dormir na forma... vou mais pela primeira!
Ainda assim, fechando contas sobre o Galito, um fantástico jantar, muitíssimo bem regado, num daqueles locais que entram directamente para o top 10 da boa mesa em Portugal!
4.26.2009
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3 comentários:
Por aqui ficámos fãs da Taberna Ideal, coisa da moda mui recomendável, também numa estreia a 25/04.
Está apontado. Tinha saudades das tuas linhas orientadoras para os meus futuros repastos.
D.
Caro,
combinei com os comensais que me acompanharam desta vez que a próxima será no Ramiro. Penso que este dispensará qualquer crónica, certo?
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