11.02.2009

Tears in their eyes


Apanhei ontem, chegado de fim de semana, a notícia da morte de António Sérgio.

Falei dele e elogiei-o várias vezes por aqui. Merecidamente.

É um dos 3/4 responsáveis por tudo o que de bom ouço desde os meus 13/14 anos.
Pixies, Jane´s Addiction, toda a cena de Manchester e derivados, Birdland, This Mortal Coil, Throwing Muses.
Para quem não teve o privilégio de conhecer, julgo que esta lista de músicas tocadas no seu programa ao longo dos anos é suficientemente esclarecedora.

Foi a voz (e que voz portentosa, marcante tinha ele!) que tantas noites trouxe aquelas novidades que contam.

Naquele "Som da Frente" da Rádio Comercial que, ouvido em tempos do liceu, naquele horário manhoso 1-3 da manhã, poucas chances dava de coordenar com aulas a começarem às 8.30 da manhã... ausências estas de que me vingava, verão fora, em férias, onde todas as noites (de segunda a quinta-feira, se bem me lembro) ouvia o programa, de início a fim.

Cruzei-me com ele em 2008 no Parque Tejo, onde esperava o início do concerto dos Arcade Fire. Estive prestes a ir meter conversa com ele. Depois, pensei que não teria conversa para o abordar, a não ser para lhe agradecer todas as bandas que me deu a conhecer nesses gloriosos tempos do "Som da Frente".

End of story. Espero sinceramente que o Blitz (ou a Blitz...) prestem o devido tributo a este senhor. Rapidamente.
Por mim, tão rápido quanto possível, tratarei de criar no meu iPod aquela lista, acima referida, das 500 músicas da "Lista Rebelde" do "Som da Frente". Pela ordem citada, como convém.

Porque quanto à rádio portuguesa, com as honrosas excepções da RADAR e da R.U.C. cá da terra (e uns 10 minutos por hora de emissão, a Antena 3...), o panorama é tão negro que só uma ligação do iPod ao carro nos salvará do degredo absoluto.

Por último, ainda que numa versão video com umas fotos meio estranhas, deixo um link para uma música que ouvi nesse mesmo "Som da Frente" numa noite de verão, há quase 20 anos atrás, a qual nunca mais esqueci. Porque aí o que contava era mesmo o que ouvíamos.

Um abraço ao António Sérgio!

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