Sou - como é aliás costume quanto a quase tudo o que se escreve aqui - suspeito. Não escondo o que gosto dos Arcade Fire.
Ainda assim, o culto que se vai generalizando ao redor da malta de Montréal impressiona.
Ontem à tarde, cruzando Lisboa a meio da tarde ouvindo a fantástica Radar, o apresentador entra em estado de paranóia e declara que se estava a borrifar para quem não gosta de Arcade Fire e toca de pôr 4 músicas seguidas da banda (!!), entre veladas declarações de amor e de saudade pela noite anterior à beira-Tejo. Continuo viagem para Norte, passo para a Antena 3. A mesma coisa. Todos em estado hipnótico. Mais do mesmo. A página de comments do Blitz online idem.
Não terá sido o melhor concerto a que assisti. Faltaram algumas músicas, o local já se sabia não ser o melhor. Mas poucas vezes vi gente tão devota, tão contente por estar ali. Malta nova e principalmente pessoal mais entradote. Até o Pedro Mexia deambulava por lá, de blazer e calça escura, antes do concerto. E o pormenor do coro no final de cada música, onde o público trauteava o tema acabado de ouvir foi próximo da magia. Acresce a tudo isto ter sido provavelmente servido este prato pela melhor aparelhagem sonora que já apanhei num festival. Som límpido, não muito alto, sem qualquer eco ou distorção.
Porque será? Creio que pela razão mais simples: por se tratar de uma banda autêntica. Que tira muito gozo das suas actuações. E que para além do mais toca maravilhosamente bem.
Fomos felizes, aqueles que andámos por ali terça à noite.
Voltem depressa s.f.f.. Pode ser no Coliseu de Lisboa ou Porto lá para Novembro? Obrigadinho.
7.05.2007
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