6.06.2008

Reumon Gel

De 2 em 2 anos, quando a SIC nos oferece uma fabulosa transmissão em directo do (pouco atraente) Rock in Rio, muitíssimo bem filmada e com recursos técnicos abundantes, dedico uma meia hora do meu tempo a assistir a uma actuação de uma banda de metal.
Para lá dos Faith No More, de que sempre gostei, da onda grunge onde muita gente passeou e do álbum preto dos Metallica, os meus massacrados ouvidos há muito que perderam capacidade de filtrar aquela música rapidíssima e ruidosa.
No entanto, gosto sempre de ver o empenho com que os artistas tocam (o baterista dos Metallica, por exemplo, é um espectáculo por si só, pelo ritmo e velocidade frenética que impõe à sua Tama) e principalmente, a devoção, o fanatismo, do público presente, profundamente conhecedor.
Ainda ontem, no RiR, muitos milhares urraram até ao limite das gargantas e abanaram furiosamente as suas cabeças minutos a fio, numa comunhão com os artistas que mais nenhum estilo musical consegue sequer aproximar-se, quanto mais replicar. Para já não falar do gigantesco mosh que acompanhou toda a performance da banda de Lars Ulrich.
E da arrepiante entrada em cena da banda, com o povo a cantar a música de Ennio Morricone que abre todos os seus concertos, conforme o apontamento conhecedor do especialista Henrique Freitas da Antena 3, imediatamente antes do início do concerto.

Muita Mebocaína Forte e Reumon Gel se deve vender hoje em Lisboa...

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