4.30.2006

Ainda a propósito do 25 do 4

Já por várias vezes me insurgi por aqui (e por outras paragens) contra a praga dos graffitti e conspurcações da coisa pública e privada análogas.
Mais me insurjo quando vejo o cruzamento desta triste forma de expressão com estas coisas da liberdade e afins.

Mobilizo desde já um caso: a Avenida da Índia em Lisboa apresenta pinturas murais da autoria, creio, do PCTP/MRPP, sobre a luta da classe operária, que recentemente foram restauradas, atenta a sua antiguidade (fins de setenta). Noutros locais, iguais testemunhos históricos de relevo e carentes de protecção.
Intervenção de rua, pinturas murais, passar uma mensagem através de uma parede. Tudo bem, concordo e aprecio o trabalho artístico envolvido.

Esta semana em Coimbra, junto à Universidade, foi altamente mediatizado um confronto entre polícia e um grupo de jovens que queria, à viva força, pintalgar (pela enésima vez!) a parede da antiga FCTUC, "celebrando" Abril.
Disse pintalgar para não dizer sujar ou danificar.
Só tenho pena que a intervenção da polícia não tenha sido mais enérgica e repetida de madrugada nos mesmos locais, para identificar e apresentar a tribunal os autores de toda a sujeira que vemos por esta cidade (e repetida elsewhere).
Porque carga de água têm os contribuintes portugueses de pagar a limpeza dos espaços públicos desta sujeira apodada de arte?
Mais uma vez repito: preocupassem-se esses meninos em acabar os seus cursinhos e encaminhar a vidinha do que com a boa vida de estudante e tinta spray e os paizinhos agradeciam. O país também.

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