12.28.2007

As time goes by

Assim termina o ano por aqui.
Como se nota, faltou-me manifestamente pachorra para organizar aquelas coisas habituais do que prestou e não prestou este ano.

Ainda assim, telegraficamente,

gostei muito:

- de vários vinhos que provei, dos quais destaco os Poeira e Pintas 2004, o fabuloso Vale Meão 2005 bebido na Consoada, o Redoma Reserva 2006 da mesma noite (ainda assim em pior forma que o inesquecível 2004 do ano passado), Quinta de Porrais Branco 2006 e do Valle do Nídeo 2005 (a subir em relação ao 2004);

- de voltar a ver o Rali de Portugal a contar para o Campeonato do Mundo, ainda que a sul e não em Fafe ao nascer do dia;

- das romagens da saudade a Arganil (Julho) e à sequência Sintra - Gradil - Montejunto (Novembro) e do grupo de autênticos fanáticos que por aí tive o enorme prazer de conhecer;

- de jantar no novo D.O.C. da estrada Régua / Pinhão;

- de voltar a ver os Arcade Fire ao vivo;

- de voltar à muralha de Cacela-a-Velha e confirmar que aquela paisagem de fim de tarde continua lá à minha espera;

- dos percebes (understands, para a ASAE) do Fernando de Matosinhos;

- de ter tido o privilégio de conhecer Roma a fundo e (quase toda) a pé e confirmar o que toda a gente sabe;

- do magnânimo Chuletón de 750 grs. do restaurante Cabana Las Lilas das docas de Buenos Aires;

- do combate VasquinhoPV / MST por esses jornais fora;

- da série de programas "Portugal: um retrato social", confirmando a minha enorme admiração pelos trabalhos de António Barreto, já louvados por aqui.


Não gostei mesmo nada:

- de ver que poucas coisas mudam e daquelas que mudam, muitas deviam ficar iguais...

- de não ter tido oportunidade de ver Control no cinema na cidade em que vivo, pelo simples facto das salas serem todas do mesmo dono e este não ter tido interesse em passar o dito filme em qualquer delas. Por isso, para esses senhores, o meu protesto em forma de DVD pirateado!

- de ver subir o preço do gasóleo até quase 250 paus dos antigos;

- de ver passar à minha frente tanta e tão variada filha da putice, mascarada em vestes muito díspares, ou como diria o Doutor Gomes Canotilho, "afivelando máscaras diferentes";

- da tentativa generalizada de homogeneizar a nossa vida, de fio a pavio, que devemos agradecer a quem nos governa e ao legislador, "esse (como me disse um dia um venerando Juiz Desembargador de uma Relação qualquer)... bêbado" (fim de citação). Entre outros, claro está;

- de ter passado um ano inteiro-365 dias-inteirinhos sem ter dado uma voltinha de Lancer Evolution VII ou nalgum Porsche (conto que o ano par que se insinua ao virar da esquina acabe rapidamente com este mal...);

- de ver uma superlativa besta gorda com uma gaja ao lado roçar o carter de um fabuloso Aston Martin V8 azul escuro novinho em folha numa berma junto a um restaurante da moda nos Algarves de Agosto;

- de ser governado por um estado de ditadura disfarçada e movida a sound-bytes.

E por ora chegará.

Já tenho comigo um Queijo da Serra e meio de Serpa, 3 charutos e uma caixa de munições Quinta do Crasto de anos diferentes, encimada por um prometedor Reserva Vinhas Velhas 2001 para por fim a este ano e entrar manso no próximo a descascar uma playlist de 7 horas de músicas que só a mim me apetece ouvir, tão estupidamente diferentes que vão de M´as Foice (prémio da gerência a quem se lembrar / souber do que se trata) a This Mortal Coil, de Dead Kennedys a Jamiroquai, de Klaxons a Buraka Som Sistema passando por Emir Kusturica & the No Smoking Band e terminando algures perto de Stone Roses e Xutos & Pontapés...

Já não será mau se ainda tivermos uma réstia de vontade para aparecer por aqui e escrevinhar qualquer porcaria em Dezembro de 2008.

Façam o favor de recusar liminarmente qualquer oferta de espumante meio seco ou doce e de qualquer espécie de vinho martelado na última noite do ano e façam o favor de não só de fazerem pela vidinha como de serem felizes em 2008, sim?

Obrigadinho. Abraços.

12.26.2007

A Pena

Momento alto deste final de ano, a passagem no cruzamento desnivelado tão bem retratado neste filme, na parte final do mítico troço de Sintra do antigo Rally de Portugal.
Para situar, fica na descida do Palácio da Pena para a vila de Sintra, aproveitando o encadeado de ganchos da parte final desta lindíssima estrada.
No tempo em que não havia ZE´s, Marshalls, etc.

12.19.2007

O verdadeiro dilema

Retomando o tema aberto há uns posts atrás, um pequeno survey: Trata-se de eleger o carro mais bonito actualmente em produção.
Não o melhor, o mais rápido, o mais isto ou aquilo. Apenas O mais bonito.

Para mim, a escolha resume-se a estes dois:



Para aumentar a ficção, deixo a sugestão da melhor combinação de cores para os dois:

Azul escuro, interior camel.

O Aston em versão Cabrio, por favor. Shaken, stirred, não interessa.

Alguém desempata?

12.17.2007

Mesmo com a música dos carrinhos de choque (ou dos "3 Pinheiros", só para conhecedores...)

O que conta mesmo é o que se vê.
Que é grandioso.

Deleitem-se, que eu também.

12.14.2007

Antes que acabe

Um destes dias, se a paciência não me faltar (e ela é cada vez mais um bem escasso), os altos e baixos de 2007. Tendo sempre em conta que nos anos pares normalmente acontecem mais coisas dignas de registo que nos ímpares.
Temo desde já não ter vontade de fazer uma coisa tão exaustiva como a que fiz em finais de 2006. Aqui e aqui.

Teenage Fan Club

Apanhei, com indisfarçável gozo, via iTunes, um disco que representou para mim aquela fase parva das nossas vidas em que achamos que vamos, um dia, ser uns gajos do caraças, que gastamos todas as nossas energias (e recursos financeiros postos à disposição por terceiros...) em projectos idiotas como apanhar 5 bebedeiras em 7 dias da semana e acordar em todos eles sempre depois do meio dia, em suma, aqueles deliciosos tempos de início de faculdade.
Tempos irrepetíveis, irresponsáveis.
A minha bandeja de CD do carro tem em posição de destaque Live at The Marquee, The Cult.

12.06.2007

Distraídos, como sempre. E infelizmente. Queria um baixinho!

Muitas vezes andamos tão embrenhados em trabalho, chatices, parvoíces e outras que tais que apenas temos conhecimento do que se passa tão perto de nós tardiamente. Tarde, e a más horas.
Aquelas a que normalmente podia ser encontrado no Avenida.
Nos tempos do Liceu, a horas de aulas, ou mais tarde, noite fora, de fino na mão.
Muitas e muitas noites de copofonia, discussões acaloradas, jogos da bola coléricos, namoro, pura e simplesmente meter nojo ao fim de uma tarde de verão, aproveitando a sombra de umas árvores que alguém, entretanto, se lembrou de arrancar.
Lembro-me claramente das últimas 2 noites que passei por lá a desoras: 1 de Maio de 2006 (onde fumei o puro que se fuma num dia destes...sabeis do que falo!) e na primeira noite do Parque da Queima das Fitas deste ano, ao redor de uma mesa de estudantes universitários de 20 e poucos em estado de avançada embriaguez.
Como muitas que passei sentado naqueles estupidamente desconfortáveis bancos de madeira com o pano verde.
Em todas elas, invariavelmente, fui atendido pelo Fernando.
Sempre alternando entre o colérico e o galhofeiro, entre o educado e a mais desbragada caralhada, sempre ultra-portista. Sempre assim, aliás muito antes de eu por lá parar.
Soube, totalmente de surpresa, da sua morte, há pouco.
Assim se perde, com o tempo, a identidade de uma terra.
Vão sobrar os McDrives, as Croissanterias, as Pizza-Hut. Essas merdas todas.

Um baixinho! Depressa!

12.04.2007

O que me apetecia agora, assim de repente, não sei bem porquê, era:

Apanhar-me às 4 da manhã no Batô de Leça, à cunha de gente, com um Bushmills cheio de gelo na mão, a ouvir a electrizante, estrondosa versão de Shadowplay que os Killers compuseram a propósito de Control.

Flashes de fúria e falta de castigos no corpo. Há muito tempo.

11.19.2007

Com a devida vénia

Já por inúmeras vezes dediquei posts a António Sérgio.

Atónito, li no Blitz Online que o tinham "dispensado" da Rádio Comercial. Provavelmente por limite de idade ou por motivos igualmente espúrios, como aquela aberração do share obrigatório de música portuguesa (no sentido de "feita por cidadão portador de BI português e com domicílio estável em Portugal Continental, ilhas ou PALOP"), estupidez obviamente importada da vizinha Espanha, local onde é impossível ouvir rádio.

Delicio-me com nova entrevista daquele que mostrou à malta hoje ao redor dos trintas e a alguns peri-quarentões o que eram os Stone Roses, Jane´s Addiction.

E ainda mais com a notícia de que terá novo programa na inevitável RADAR, entre as 23.00 e a 1.00 da noute, horas ligeiramente mais saudáveis que o clássico 1-3 do Som da Frente e Hora do Lobo para alguém com idade para ser avô...

Assim a ligação de rede colabore para que os residentes extra-Lisboa possam ouvir Viriato 25, nome do programa, em transmissão online da dita Rádio Radar, nestes gélidos serões que se aproximam...

Porque gostamos de certas coisas que outros acham uma perfeita estupidez

E essas, as que gostamos mesmo, devem andar sempre por perto.

O curioso disto tudo é que, a ver por estas imagens, há muito mais quem goste do mesmo que eu.
Ainda bem.

11.16.2007

Fome, fartura, fartazana

De uma assentada, e no prazo de 8/15 dias, preparam-se para morrer, umas a seguir às outras, as seguintes preciosidades:

- Quinta do Vale Meão 2004, já amanhã à noite
(e mais alguma coisa que certamente não deixará de a acompanhar).

- Guru 2006 Branco (aka o Pintas branco), altamente prometedor [na falta absoluta do memorável Redoma Reserva Branco 2006, esgotadíssimo]

e

- Vértice Grande Reserva 2003, lá para domingo.

Via telefone, penhoradamente agradecido pela oferta prometida:

- Quinta do Vale Meão 2001, que aguardará pelo sacrifício de 2 perdizes de caça que iam (digo bem, iam, coitadinhas...) a passar para os lados de Foz Côa, ritual que não demorará mais que 1/2 fins de semana a cumprir.

Por último:

- Quinta do Crasto Maria Teresa 1998, o Rolls Royce da garrafeira. Prometi que deste ano não passava fechadinha na garrafeira.

Ele há dias assim, em que tudo aparece.

Força força companheiro Vasco

Nunca é demais referir por aqui (e por outros lados) a importância dos livres-pensadores numa sociedade.
Aqueles que se estão a cagar para a corrente dominante, a situação, os costumes arreigados e que não têm medo de agitar, chocar, remar contra a corrente, escaqueirar, ser malcriados, arrogantes, pedantes até.
Pessoas tão diferentes e com registos comunicativos tão díspares como Miguel Sousa Tavares, António Barreto, José Manuel Fernandes, José António Saraiva. E, claro, above them all, Vasco Pulido Valente.
Sou viciado naquela violenta descarga biliar da última página do Público das sextas e sábados. Faz-nos bem estar sintonizados com aquele lado negérrimo, ultra-céptico, mas ao mesmo tempo certeiro e principalmente muito bem redigido.
Tudo isto porque me lembrei da risota de ontem ao ler o seu perfil na revista Sábado. E porque me preparo para ler o seu artigo de hoje no Público.

Hugo Boss

A propósito da passagem do inenarrável ditador Hugo Chavéz por Portugal, para um encontro com S.EXA. o Sr. PM na próxima semana, fica aqui a nota de asco por ser governado por gente que recebe este personagem e que se prepara para receber igualmente, com honras de Estado, Robert Mugabe, que além de ditador é profundamente racista.
Aguardo para ver que rótulos trará o ditadorzeco pseudo-comunista no seu alforge para etiquetar os nativos que não lhe agradam ou com os quais não se identifica.
Valer-lhe-à, para gáudio da populaça, que por cá não haverá ninguém com cojones que o mande calar. É que este sempre foi o país dos brandos costumes.
Pouca vergonha é pouco.

11.08.2007

Unknown Pleasures



Andava eu no liceu, pelos meus 16 anos, corria larga a moda de encapar aqueles cadernos pretos da Âmbar com fotografias variadas.
Era um ritual engraçado do final de férias, à falta de algo mais interessante para fazer.
Invariavelmente os meus temas eram automóveis e música. Vários shots de carros de rali a voar num troço qualquer, letras de músicas, fotos de bandas, por aí. Tudo recortado, com a perícia possível, de revistas da especialidade. Por ali conviveram nesses anos pacificamente Audi´s Quattro de Grupo B, os The Cure, Porsches 911, a escandalosa capa de Surfer Rosa, Pixies...

Um belo dia, estava numa aula do British Council com um desses cadernos ao lado, e a professora, uma senhora inglesa nessa altura (inícios de 90) com uns bons 45/50 anos, passa por mim e fica especada em frente ao dito caderno, encapado com uma foto de um vulto, a preto e branco.
Pergunta-me, com um ar surpreendido:
" - Tu conheces os Joy Division? Tu sabes quem foi Ian Curtis?"
[No estilo "ó seu fedelho, o que andas a fazer com o Ian Curtis na capa do caderno, tu que nem eras nascido quando ele formou a banda?]

Respondi-lhe que tinha sido precocemente atirado para o meio da "fogueira" da boa música por pessoas mais velhas e que sim, não só conhecia Joy Division como tinha a discografia toda e que simplesmente adorava tudo aquilo.
Disse-me então que em finais de 70 tinha assistido a duas actuações da banda (!!!), uma em Londres e outra em Manchester, e que era igualmente fã deles. Acrescentou que, como ia no Natal a casa, ia procurar no sótão os bilhetes e o cartaz do concerto, que me daria caso os encontrasse.
Infelizmente, o tempo já os tinha consumido.
No regresso, ofereceu-me dois postais da época sobre a banda que ainda por lá andavam por casa.
Assim resolvi o problema de uma das capas para o ano seguinte. Com a certeza de mais ninguém ter uma igual à minha!

Vem isto a propósito da estreia, de hoje a oito dias em Portugal, do filme sobre a vida e obra de Ian Curtis: Control.

Um filme sobre um personagem e uma banda que ouço há pelo menos 15 anos sem ter a mínima vontade de me cansar de lá voltar, sempre que necessário.
Pode passar muito tempo, semanas, meses, sem privar com eles.
Mas sempre volto a ouvir Transmission, New Dawn Fades, Love Will Tear Us Apart, These Days, Shadowplay, Decades e todas as outras.

NOTA DE RODAPÉ: Com muita pena minha, na transição do mundo da K7 para o CD, perdi uma gravação em K7 de uma BBC Peel Sessions dos Joy Division, que incluíam uma versão fabulosa de Transmission (com uma linha de baixo mais longa no início, acompanhada de bateria) que nunca mais apanhei em parte alguma nem voltei a ouvir desde que fechou o States.

Alguém pode ajudar este ouvinte carente? Obrigadinho.

Em toda a conta

Por inexplicáveis acasos do correr dos dias, andava afastado do saudável hábito de passar pelo Mar Salgado.
De volta a essas paragens, dois posts que me enchem as medidas: o primeiro, lapidar; o segundo, pelas memórias veraneantes. Brilhante FNV!

O meu Mercedes é maior que o teu

Plagiando barbaramente o engraçado nome do bar da Ribeira do Porto (conhecido como o "aquecimento pré-Batô"), para reduzir a escrito, para memória futura, as minhas escolhas do concurso "melhores carros 2008" promovido pelas revistas do grupo Motorpress.
Para comparação futura com a votação colectiva, para ver se ganho o curso de condução desportiva da Porsche no Autódromo do Estoril (omygwd, isso é que era...) e para retomar o inesgotável porque subjectivo tema dos automóveis:

Classe A - Superminis

Equilíbrio entre o Mini e o novo Fiat 500
Aguardando a chegada da versão Abarth com 150 cavalos deste patusco italiano, que virou objecto de culto em Roma, como constatei na semana passada in loco.

Classe B - Veículos Pequenos

Toyota Yaris e o novo Mazda 2
Já agora, desde quando é que o Toyota Yaris é um "veículo pequeno"? Por dentro, é mais habitável que um BMW série 3...

Classe C - Segmento Médio / Inferior

BMW Série 1 e Toyota Auris
Paixão ou razão. A costumeira questão. Que cairia inapelavalmente para o lado da paixão no caso de um 123d 3 portas com kit M Sport (sim, 204 cavalos num 1...) azul escuro.

Classe D - Veículo Médio

Lexus IS e o novo Mazda 6
Ou melhor, o IS220d com som surround Mark Levinson e a carrinha Mazda 6 que sairá em Março.

Classe E - Veículo Médio Superior

BMW série 5 e Lexus GS

O primeiro se vivesse na Europa, o segundo se vivesse na América.
Qualquer um, se fosse portador de GALP Frota de empresa com plafond ilimitado.

Classe F - Luxo

Bentley Flying Spur e BMW série 7

Ou como tornar um carro parecido com uma saboneteira do IKEA (a versão Coupé do Bentley) em algo bastante mais interessante e ao mesmo tempo adquirir uma berlina que dá 320 km/h reais e tem tracção às quatro rodas, por um lado; Por outro lado, andar de limousine, curvar como um desportivo e gastar 8,5 litros de gasóleo aos 100 (730d).

Classe G - Desportivos

Porsche 911 e Ferrari F430
Não há aqui dilema nenhum. Desportivo é 911, period.
O opositor italiano aparece aqui porque jamais me esquecerei do dia em que vi um fulano com pinta de futebolista da Premier League, preto, esguio e impecavelmente vestido, a pôr um 430 Spider preto a trabalhar em King´s Road, bairro de Chelsea, Londres, uma vez que ia a passar a pé por lá... aquele ruído de carro de corrida ao ralenti...

Classe H - Cabrios

Aston Martin V8 Volante e DB9 Volante

Quanto a estes, é pacífico o entendimento segundo o qual serão os 2 carros mais bonitos do mundo (juntamente com o Alfa 8C Competizione).
Não serão os melhores, não seriam aqueles que compraria, não serão os mais desportivos, blá blá blá.
Mas convenhamos: a imagem de um V8 Volante azul escuro ou british racing green, qualquer um deles estofado em pele camel, de capota aberta a ronronar numa estrada marginal é o topo dos topos no que respeita a estética automóvel!

Classe I - Todo o Terreno

Toyota Land Cruiser 140 e Mercedes G

Não gosto de coisas aparentadas com um jipe mas que não o são.
Coisas bonitas como o BMW X5 e X3 ou Mercedes ML.
Jipe ou todo-o-terreno é uma coisa pesadona, com motor diesel, redutoras, chassis separado da carroçaria, capaz de levar os ocupantes a qualquer lado, haja ou não caminho, neve, lama, corta-fogo, whatever, e ao mesmo tempo andar a 200 na auto-estrada a ouvir música no fim da passeata, tudo em grande conforto, até mesmo com uns bons bancos de cabedal.
Acresce ter que ser um carro que nunca avarie ou se queixe dos tratos do condutor retribuindo com barulhos, grilos, vibrações, etc., motivo pelo qual nunca um Land Rover caberia nesta eleição...
Desta forma, só mesmo aqueles 2 exemplares, aos quais podemos eventualmente juntar o Toyota Land Cruiser normal, o Mitsubishi Pajero e o Nissan Patrol GR, cumprem os requisitos.
Então se pensarmos nesta nova versão do Toyota Land Cruiser 140, com motor V8 Diesel com 280 cv, um interior super-luxuoso e a manutenção das suas elevadíssimas capacidades TT, está encontrado o vencedor desta classe.

Classe J - Monovolumes

Confessso a minha ligeira embirração com este tipo de carros.
Curvam mal, são em regra pesadões e desinteressantes de conduzir. Apesar do conforto e espaço interior. Mas para ter espaço, prefiro SUV´s ou jipes.

Ainda assim, 2 votos: Toyota Corolla Verso e Mazda 5.

E é tudo.

11.02.2007

Willkommen aus Portugal / Vens aí, moço?

Voo Roma - Lisboa, TAP Portugal.
Chegada à Portela: 21.08.
Chegada da primeira mala ao tapete: 21.48.
Chegada à fila dos táxis (das Partidas, obviamente. Nas Chegadas é que não. Não me dou com ciganos, drogados e cadastrados...): 22.25.
1:15 desde que o avião aterrou até que consegui sair do aeroporto.
Não, não fui interrogado nem revistado, muito menos interpelado por alguma equipa de televisão ou rádio.
Nem sequer parei na livraria para comprar revistas. Por acaso até parei, mas não demorei.
Assim que entrei, empurrando o meu carrinho com as malas no espaço totalmente VAZIO da dita livraria (à esquerda de quem desce a rampa das chegadas ao miserável e malcheiroso aeroporto da Portela de Sacavém), e antes que pudesse escolher alguma coisa, fui logo avisado pela menina da caixa que não podia estar ali com o carrinho.
Dei a devida resposta: saí imediatamente, sem comprar nada, deixando um monte de coisas na caixa. Lá ficou a menina com a EVO, Sport-Auto, Auto-Hoje, Auto-Foco, Visão e Sábado por vender.

É sempre bom chegar a Portugal.

10.23.2007

Ouvisto de passagem (Prémio "no princípio era o verbo" ou "mais um verbo na língua portuguesa"

"Prontos, aqui nesta máquina não dá, vou à outra fotocopiadora ver se SCANEIO o documento e já lho envio de volta!"

Um diligente funcionário de escritório, numa manhã de segunda-feira...

Fica a dúvida: qual a distância que medeia entre "sacanear" e "scaneiar"? Isto, claro está, tomando por certo que são duas coisas que se fazem muito nos escritórios hoje em dia...

Os velhos tempos das pinturas de parede

Como é sabido, ainda hoje no mundo dos ralis se fala na mítica "Casa do PPD".
Este nome foi dado a uma Casa de Guarda Florestal no alto da Serra do Açôr onde passava um troço do Rally de Portugal, casa esta que tinha na parede, desde 1977, o escrito "PPD". Desta forma, sempre se associou a dita casa à política, a propósito de coisas bem mais interessantes, como é o caso das provas de automóveis.

De volta ao Portugal desquecido e ostracizado, deparei-me com este mural, que representa um caso típico de acção-reacção (na melhor das hipóteses), ou então uma enorme confusão naquelas cabeças, à semelhança daquele jovem que disse que "(H)Otel(o) Saraiva de Carvalho devia ser um hotel de 5 estrelas mas não estava bem a ver o que era..."

Numa aldeia perto de Belmonte, sábado passado:

10.17.2007

A gorda

Corre rápida a tarde ao som de Standing in the way of control, Gossip. Uma música de peso.

10.12.2007

Tv on the Radiohead

Contando com a imprescindível colaboração do inevitável Olavo Lupia, (que cada vez mais me faz lembrar um "António Sérgio sem programa de rádio", tantas as músicas acima do par que desvendou!) algures por aqui, cá fico, deliciado, a ouvir a última criação de Thom Yorke e seus pares: In Rainbows, um daqueles raros casos de devoção à primeira audição.
Aguarda-se agora, serenamente, a vinda dos Radiohead novamente ao nosso país. Serenamente, todavia com pressa. Justificada.

10.09.2007

Trianon

O mítico café da Praça Machado de Assis e, em consequência, esta cada vez mais irrelevante e não-influente cidade, ficaram hoje mais pobres.
A Associação Académica de Coimbra / O.A.F. vê partir mais um ex-Presidente.
Respeitos pela morte de Fausto Correia.

10.02.2007

Size matters



Um pormenor: o telefone ao lado daquilo é um Nokia N70. Grandinho...
Trata-se apenas do MELHOR naco de carne que alguma vez me passou pela frente. Grandioso, magnífico. Acompanhado de um tinto de Mendoza, casta Malbec. Ah, e custou menos de 20 euros.

Restaurante Cabana Las Lilas, Docas de Puerto Madero, Buenos Aires.
Um último olhar sobre esta fabulosa cidade.

Essa avenida não tem fim?



A mais larga do mundo, segundo os próprios porteños...
Av. 9 de Julio, num fim de tarde de sol radioso.

A vida a cores



la Boca, uma vez mais.

A Boca Doce



O Inesquecível Bairro de la Boca. Buenos Aires, numa tarde de Setembro.

9.21.2007

La Bombonera

Em trânsito do Pinhal de Leiria após a primeira etapa do Rally Centro de Portugal, a caminho de Castanheira de Pêra para a segunda etapa, passando pela simpática Marisqueira Tonico da Praia da Vitória, com destino final, lá para a tarde de segunda-feira, no Aeroporto Ministro Piastrini, quase quase no cú do mundo. Um cú bem jeitoso por sinal. Prometem-se as costumeiras fotos e relatos, de cá e de lá, se e quando se justificar.

9.19.2007

Coração de Melão

Hoje, às 19.00 horas, nova oportunidade para os nossos jogadores seleccionáveis da bola redonda, pochette Vuitton e pulseira de brilhantes aprenderem como se canta o Hino Nacional.
Cantado por veterinários, advogados, economistas, professores de educação física, puxado lá bem do fundo. Por cá, já começaram as habituais sugestões de que aquilo é demais, é filme, é forçado é no limite até um bocadito facho e tal.
Eu gosto de ver. Mais: adorei ver, contra os superhomens neozelandeses.
Por isso, hoje quero que o Nani e o Ronaldo se danem.
Hoje, as nossas vedetas vão ser mais pesadas, vão distribuir porrada a torto e a direito, e no fim, abrir alas, aplaudindo o adversário. E nunca mandam o árbitro para lado nenhum.
19.00 horas, Vasco Uva e seus companheiros, rumo ao ensaio contra os italianos.
Força rapazes!

Nem mais nem menos

Últimas adições ao iPod. Como é costume, coisas tão diferentes como Pavarotti, Gogol Bordello, Morrissey já velhinho, Manu Chao, etc.
Para chegar ao número redondo: 5000 músicas, canções, cançonetas, malhas.
Reunidas num único sítio, mesmo à mão de semear.
Pergunta-se a propósito: haverá 5000 músicas boas neste mundo?

9.17.2007

Os meus heróis não jogam à bola (II)

Retomo o post anterior.
Apenas para dizer que me ficou completamente "atravessada" a morte de Colin McRae. A palavra foi escolhida propositadamente.
Há pessoas com as quais, mesmo sem as conhecer, estabelecemos empatia, acompanhamos, à distância, as suas carreiras. Preparava-me aliás para o rever na etapa portuguesa do Lisboa-Dakar 2008, confirmada que estava a sua presença ao volante do BMW X3 X-Raid oficial. O que significava também grandes imagens, via Eurosport, Marrocos e Mauritânia abaixo, pois o BMW ia voar baixinho, certamente!!
É impressionante o conjunto de testemunhos de malta nova, muito nova, que nasceu a ver o escocês do Subaru azul (indissociável, até por ter sido o carro com que venceu o seu único campeonato do mundo de ralis, em 1995) a abrasar pelas florestais fora, lamentando a perda do seu ídolo. E do típico adepto português apaixonado, sempre ávido de ver o piloto que passa para lá das marcas... Assim, digamos, o antónimo da condução clean do campeoníssimo Sebastien Loeb.
Reafirmando o meu gradual afastamento do futebol, inversamente proporcional à minha paixão pelos automóveis, manifesto o meu choque pelo desaparecimento daquele que terá sido o mestre do espectáculo em ralis. Ouso mesmo dizer, alguém que, juntamente com Henri Toivonen, bem poderá merecer o título do Gilles Villeneuve dos ralis.
Justamente por ser aquele para quem havia sempre, além da estrada, mais um bocadinho onde meter o carro. Ou onde bater com ele. E onde sempre houve rapidez, muita rapidez.
Conforme já referi noutra sede, Colin Mc Rae foi o autor da melhor passagem que me lembro de ver em ralis, no longínquo ano de 1998, na inevitável descida do Confurco do troço de Fafe/Lameirinha, a bordo do seu Subaru Impreza 555 WRC de 3 portas (que guardo na minha estante em 1/43, perto do seu Ford Focus Martini Racing. Aqueles com que venceu o nosso rali de Portugal, em 1998 e 1999). Uma descida para lá de todos os limites, quase a saltar fora da estrada em cada curva, a entrada no alcatrão com o pobre Impreza a roçar os dois lados do rail e a entrada em slide às quatro rodas, mesmo à minha frente e dos restantes 20 ou 30 mil fanáticos que aplaudiam como se de um jogo da bola se tratasse.



O mesmo Colin que um dia varreu ravina abaixo dois espanhóis podres de bêbados no cruzamento da Selada das Eiras, em Arganil, que não contaram com a diferente noção de espaço para atravessar o carro que aquele tinha...
Ainda, o mesmo que após sofrer três furos no vertiginoso troço de asfalto da Lousã com o Subaru Legacy 555 (a banheira japonesa...), chegou ao fim do troço apoiado em 3 discos de travão e uma roda, a bater de berma a berma. Como se isso fosse a coisa mais normal do mundo!

Ficam os meus respeitos à família, sabendo-se do drama que constituiu este acidente de helicóptero onde faleceu igualmente o seu filho e mais duas pessoas que os acompanhavam e um último tributo, em jeito de fotografia, ilustrando a forma mais espectacular de ver ralis na segunda metade da década de 90 em diante...



E nada melhor, para homenagear o grande Colin, que estar no próximo fim de semana na estrada, de São Pedro de Moel às Fragas de São Simão e ao Espinhal, a acompanhar de perto o Rally Centro de Portugal.
E sempre que alguém empandeirar o carro, salvar-se na última de um valente estoiro ou passar pertinho de um muro ou de uma árvore, recordar com saudade o velho mestre!


Respeitos.

9.16.2007

Os meus heróis não jogam à bola



Por ora, apenas um tributo em forma de video.
Amanhã, breves palavras que tentarão explicar quanto me custou engolir a notícia da morte de Colin Mc Rae. Cada vez mais, para mim, os meus heróis não jogam à bola.

9.14.2007

Então, bom fim de semana, sim?

Eu cá vou dar uma volta...

9.11.2007

Ouvisto de passagem (Eu bem digo que não devemos prestar muita atenção ao que passa na TV...)

"Eles estão lá para ser técnicos, não é humanos."

Aquela apresentadora do "Prós e Contras", a propósito do papel dos agentes da PJ no caso Maddie, interpelando com ar de caso um desses agentes, em directo, no seu programa.

Times Square

Nunca esquecido este dia. Respeitos, memória e o habitual pedido neste dia para que seja encontrado o autor moral da infâmia de Nova Iorque, há 6 anos atrás, para que seja castigado. Se, como disse o operacional da CIA, for necessário que a cabeça dele venha numa caixa com gelo, pois, seja então.

O meu amor e admiração por vós é infinito

Por isso mesmo, recorro aos tempos em que as pessoas ainda tinham graça para vos homenagear e relembrar a vossa eterna imaginação, heterogeneidade, inovação, diferença, enfim, tudo o que vos torna diferente no panorama musical e de entretenimento em Portugal e além-fronteiras...




Gosto mesmo de vocês, pá? Onde é o próximo "encontro inter-..."?

9.04.2007

Olha pá:

Ouvi dizer que estava um ilhéu perto de Lanzarote à venda. Pequenito, cheio de calhaus e tal.
Não te queres mudar para lá? Pensa bem, pá.

Danoninho Downunder

Domingo ao serão os felizardos que se borrifaram para o futebol merdoso que se joga entre nós e passaram pelas 10 da noite para a RTP-N tiveram oportunidade de assistir a meia hora de desporto a sério.
Todos os condimentos estiveram presentes: cenários fabulosos, grandes intérpretes desse desporto, acção a rodos, boas filmagens e planos diferentes, a história toda de fio a pavio e não o mero resumo a correr e um enorme fair-play e respeito entre os principais contendores: aqueles que andaram três dias ao redor de estradas de terra escorregadias picados um com o outro e no final ficaram separados por... 0,3 décimos de segundo! Que equivalem a uma pequenita escorregadela de traseira do derrotado. Ou se calhar nem isso.
Uma vez mais o mundial de ralis a proporcionar um despique memorável, inesquecível, entre dois senhores pilotos, Marcus Gronholm e Sebastien Loeb. Este último a quem faltou o bocadinho assim...

Porque foste nessa?

O estoicismo de certas pessoas impressiona-me.
Pelos motivos óbvios, de quando em vez tenho prestado atenção à violência extrema que constitui uma prova de triatlo. Nadar, sair da água a correr e montar uma bicla e no fim atirar com ela e correr à doida não é para todos. Muito menos fazer tudo isto sem paragens, apenas trocando o calçado e beberricando uma água nas mudanças de turno.
Revi ontem, depois de ter acompanhado o final em directo no domingo, a fabulosa prova de Vanessa Fernandes no Mundial desta especialidade. Creio que será, sem grande dificuldade, a atleta portuguesa mais medalhada de sempre. Chapeau!

A luta continua

Insónias várias, sonos trocados, calor, tédio absoluto.
O monitor do portátil treme ligeiramente, ficando baço de vez em quando.
A vontade de adormecer em cima dele é total.
O que vai salvando o quadro negro aqui experienciado é Death to the Pixies (Live) ouvido alto e bom som, a sequência enérgica de malhas gravadas ao vivo que impedem, por ora, o escriba de soçobrar...
It took the Haaaaaang wiiiiire! (Acompanhado de furioso headbanging)

8.31.2007

Saúde-se

O regresso de José Antonio Camacho aos comandos da nau Gloriosa.
Um homem com cojones para um lugar sempre ingrato.

Entretanto

Ainda que a ritmo lento, salvem-se:

alguns vinhos, especialmente brancos, entretanto provados: Quinta de Porrais (o "branco do Vale Meão", por assim dizer...), Quinta de Cabriz Encruzado, um Torres Riesling comprado no Gourmet do Corte Inglés de Vigo numa tarde de tormenta e o Herdade dos Grous, em forma quase quase idêntica à do maravilhoso tinto da mesma casa alentejana.

Lamente-se:

A diferença gritante de tratamento dado pelo nosso Governo a dois acontecimentos:
- O centenário de Miguel Torga, por omissão (estava-se bem de férias por esses dias e já se sabe que Coimbra, para o governo actual, é sítio a evitar...);
- O folclore de declarações longas e dedicadas dos mesmos governantes por altura da morte de Eduardo Prado Coelho, cronista do regime ou a que o regime gostava de se colar. Respeitos, ainda assim.

Recorde-se:

De forma impressionante e crua, a morte em campo de Miklos Fehér, agora que outro jovem jogador tomba em Espanha, no decurso de um jogo. A diferença, ao que parece e seguindo os detentores das leges artis, foi a imprudente conduta dos médicos que assistiram Antonio Puerta, ao contrário dos irrepreensíveis cuidados dispensados ao malogrado Feher no Municipal de Guimarães, ainda assim infelizmente insuficientes.
Para o leigo, das imagens trágicas do passado fim de semana, fica a imagem estranha de um jogador que recupera de uma paragem cardíaca a saír pelo próprio pé para o balneário, ao invés de ser imediatamente levado para um hospital... Respeitos à memória do artista.

Andamos longe

Daqui.
Poucos posts, recuperação dos pendentes de verão. Guerras passadas, futuros próximos, peleias em perspectiva.

8.24.2007

Treslido de passagem (Versão "nós na nossa loja é pom pom, queijo queijo..."

Letreiro manhoso afixado na porta de loja não menos manhosa:

"NA COMPRA DE DOIS SHAMPONS OFERTA DUM CONJUNTO DE CASA DE BANHO."

8.21.2007

Foice em seara alheia

Pasmo, como sempre acontece nestes casos de alteração da ordem pública, com a invasão de propriedade realizada por um grupelho de cabeludos algures no Algarve, com o intuito de destruir uma plantação de milho transgénico. Pasmo, não só pela estupidez em si do acto de esbulho como pela passividade dos agentes da ordem presentes no local.
Imagens recolhidas na altura dão nitidamente para identificar uns 20 patifes sem dificuldade, mas os diligentes senhores agentes apenas identificaram 4 ou 5...
Alinho naturalmente com as preocupações manifestadas pelo nosso PR: a violação de propriedade privada é crime, logo tem de ser severamente punida.

Por último, pergunto aos mesmos meninos rabinos (para os quais já não há pachorra):
Não tinham o vosso Manu Chao e ganza com fartura no Sudoeste para darem largas à vossa energia incontida?

8.20.2007

Seria normal que...

...embalado pela normal indolência pós-férias, me esquecesse de vir trabalhar.
Ou, como dizia o Ricardo Araújo Pereira, "porque se passa isto assim assim, eu hoje não posso vir trabalhar por motivos profissionais."
Mas não. Estamos de volta.

7.31.2007

Destas. E doutras.



Pronto. Chegada a hora habitual, tempo de fugir. Para recarregar baterias, ler mais do que o normal, jantar a desoras, tentar colocar o sono em dia e, retomando rituais de sempre, curtir o inimitável por-do-sol algarvio. E já agora, apanhar uns tascos que sirvam caipirinhas bem feitas.
Até meio do mês, pouco haverá a relatar por aqui. Recorrentemente lançamos mão da expressão silly season para identificar esta parte do ano, sem a qual dificilmente passamos.
Até lá, a gerência apresenta os mais respeitosos cumprimentos.

An end has a start

A propósito do passado sábado e de um passeio especial.
A ideia surgiu no fórum do Autosport, a partir dos contributos de dois fanáticos dos ralis, de percorrer em toda a sua extensão, o antigo troço de Arganil, na sua versão anos 80, com os seus 56,4 kms. Aquele dos loucos anos dos Audi Quattro amarelos e dos Lancia 037 Martini Racing.
Escusado será dizer que imediatamente me voluntariei para a "missão", até pelo (aliás vergonhoso) desconhecimento da Serra do Açor.
As expectativas, que eram altas, foram obviamente superadas.
Uma volta estupidamente bonita, paisagens fabulosas e pedaços de estrada carregados de história dos automóveis. Pena é que as actuais tendências tenham afastado estas provas destes locais que alguém chamou "muito míticos"...
Os presentes neste passeio prometeram desde já novas iniciativas neste particular, nomeadamente a passagem integral pela etapa de alcatrão do mesmo Rally de Portugal: Estoril / Póvoa, com início na ronda de Sintra, depois Montejunto, Gradil, Figueiró, Lousã, Piodão, Arganil, Caramulo e Serra da Freita.
Assim sendo, e prometendo, na rentrée, voltar à carga sobre este tema, com inevitáveis fotos de alguns dos locais percorridos, fica aquele abraço aos companheiros de jornada, já entregue aliás no próprio forum do Autosport, algures por aqui.

7.24.2007

Ouvisto de passagem (ou a fraude da gramática e do vocabulário)

"Não podemos desfraldar a massa associativa do Sporting."

Director de comunicação do Sporting. Sim, DIRECTOR. De COMUNICAÇÃO.

7.19.2007

Macacadas II

Azares da vida (rsrsrsrsrs...) levaram-me a assistir, em pouco mais de 2 meses, a três concertos em Lisboa: Bloc Party no Coliseu, Klaxons + Bloc Party + Arcade Fire no SBSR e Arctic Monkeys (ontem).
Em todos estes, algures na multidão, lá estava sempre, trajando um chapéu esquisito (to say the least...) Miguel Ângelo, front man dos inenarráveis Delfins.

Pergunta-se: eh pá, mesmo a ver concertos tão bons, nem assim a coisa evolui, ó rapaz?

Macacadas I

Uma equação química que explica o fenómeno observado ontem à noite:

Acne juvenil + muita malta sem idade para ter carta de condução + Red Bull + hormonas exuberantes + mosh e crowd surfing + energia capaz de contagiar o mais letárgico dos assistentes + bom set técnico de som (finalmente!) = Concerto de Arctic Monkeys...

7.17.2007

Riot Van

Perspectivando actividades laborais intensas logo pela manhã e nova correria pela tardinha até às Portas de Santo Antão para um encontro imediato com os enérgicos Arctic Monkeys, só um mosh no regresso, altas horas A1 acima, para afugentar o sono que inapelavelmente chegará.
Ao que será igualmente avisado o moderado consumo de imperiais no costumeiro Pinóquio, local dos clássicos warm-ups concerteiros...
O escriba dará férias aos seus tímpanos até Novembro (Interpol, no mesmo Coliseu de LX), apenas entrecortadas pela presença em Paredes de Coura para a desbunda brasileira de CSS -Cansei de ser Sexy no tradicional 15 de Agosto.
Isto se entretanto os Arcade Fire não se lembrarem de voltar a actuar entre nós...

7.16.2007

Absolut Hangover

O rescaldo de um fim de semana absolutamente apoteótico, de copo na mão de fio a pavio:

Primeiro Acto (tipo SBSR):
Alvarinho Soalheiro 2006, para limpar o pó da garganta e dar início às hostilidades;
Poeira 2004, a confirmar que se trata de um dos 5 melhores vinhos tintos do Douro. Imperdível, e a uns justíssimos 24 € (preço de amigo. Até porque já o vi por cá a mais de 30€...);

Segundo Acto:
Alvarinho Muros Antigos 2006, ainda melhor que o verde da véspera, a acompanhar umas sardinhas assadas divinais;
Pintas 2004, extraordinário. Seguramente no TOP 3 de sempre. A pedir ainda descanso na garrafa, para ser bebido daqui a 5 anos. Se os felizardos que o tiverem na garrafeira conseguirem esperar tanto tempo...

Epílogo:
Esporão Reserva Branco 2005, beberricado em tragos pequeninos para não comprometer a frescura.

Se todos os fins de semana fossem assim, todos os fins de semana não podiam ser assim. Era demais.

7.13.2007

Get Riedel

A norte, fugindo ao calor, aproximando-nos perigosamente do aclamadíssimo Douro Poeira 2004 que espera por nós, prometido há algumas semanas... porque nunca está suficiente calor para passar ao lado de um tinto a sério, desde que se reúnam as condições de refrigeração corporal mínimas...

So help us God!

Escaparate

Muitas vezes (vezes em demasia, infelizmente...), passando por uma banca de revistas, chama-me a atenção a capa de uma delas, levando-me desde logo a comprá-la e, frequentemente, a guardá-la.
Naturalmente que isto acontece, em 95% dos casos, com revistas de automóveis.
Ainda hoje, deliciado, perdi uma boa meia hora a passar os olhos pelas quase 300 páginas da fabulosa Classsic & SportsCar inglesa, edição de Agosto acabadinha de chegar a Portugal.
O que me chamou a atenção por lá? Um fantástico Porsche 356 Speedster prateado. Compra imediata, portanto.
Um dos únicos 3 clássicos que gostava de guardar na garagem, juntamente com o Jaguar E-Type Coupé e o inevitável Mini Cooper S 1300 ´66 British Racing Green com tecto branco e jantes Minilite 10´´...

Em suma, de revistas de automóveis percebem os nossos amigos ingleses: EVO (sempre!), CAR e Classic & SportsCar e, de vez em quando, LRO - Land Rover Owner Magazine (pelos mesmos motivos de conseguida fusão entre qualidade e paixão jornalística).

7.11.2007

Ouvisto de passagem (Versão Ministério da Educação redundante)

"Olhem, isto é preciso aqui respeito, senão ninguém se respeita!"

Auxiliar de Educação (nome pomposo para a clássica Contínua ou Contina dos tempos do liceu) muito loura oxigenada e pintadona com óculos coloridos extra-fashion, porém com a procedimental bata azul-clara, afogueada, tentando fazer-se ouvir face a uma turba de candidatos ao ensino superior que queriam, à viva força, entregar o papel das bolinhas com a sua candidatura.
(Ou)visto igualmente via TV.

Ouvisto de passagem (Prémio "Coisas sem grande cabimento")

"Cabeu-me a mim ouvir os assobios na época passada."

Nélson, futebolista do Benfica, em conferência de imprensa, via TV.

7.06.2007

You penetrate my Radar

Para quem se queixava da falta de rádios decentes para ouvir coisas boas todo o dia (e noite) e cujas escolhas se resumiam à inevitável RUC e à Antena 3, eis que aparece a terceira via, esta sim de definitiva qualidade: Radar Lisboa, via web.
Antes só à chegada a Lisboa, na portagem de Alverca, com o scroll do rádio à procura dos 97.8 FM, agora todo o dia via web. Porque nem só em Lisboa há necessidade de boa música.

7.05.2007

Domingo Desportivo

Com a devida e merecidíssima vénia ao Dr. Rui Rio, apoiante máximo do evento, recordando que no próximo domingo há corridas de automóveis a sério na Av. da Boavista e Estrada da Circunvalação.
A maluqueira pelos automóveis a norte é tal que a oito dias do evento já não havia bilhetes à venda para a melhor bancada (Castelo do Queijo). Esgotados, segundo a menina da Fnac...
Enchente à vista.

Que bem se estava... (IV)

... com uma caipirinha na mão a gozar um fim de tarde de praia a sul ao som de New Name, !!! (chk chk chk).

Felizes aqueles

Sou - como é aliás costume quanto a quase tudo o que se escreve aqui - suspeito. Não escondo o que gosto dos Arcade Fire.
Ainda assim, o culto que se vai generalizando ao redor da malta de Montréal impressiona.
Ontem à tarde, cruzando Lisboa a meio da tarde ouvindo a fantástica Radar, o apresentador entra em estado de paranóia e declara que se estava a borrifar para quem não gosta de Arcade Fire e toca de pôr 4 músicas seguidas da banda (!!), entre veladas declarações de amor e de saudade pela noite anterior à beira-Tejo. Continuo viagem para Norte, passo para a Antena 3. A mesma coisa. Todos em estado hipnótico. Mais do mesmo. A página de comments do Blitz online idem.

Não terá sido o melhor concerto a que assisti. Faltaram algumas músicas, o local já se sabia não ser o melhor. Mas poucas vezes vi gente tão devota, tão contente por estar ali. Malta nova e principalmente pessoal mais entradote. Até o Pedro Mexia deambulava por lá, de blazer e calça escura, antes do concerto. E o pormenor do coro no final de cada música, onde o público trauteava o tema acabado de ouvir foi próximo da magia. Acresce a tudo isto ter sido provavelmente servido este prato pela melhor aparelhagem sonora que já apanhei num festival. Som límpido, não muito alto, sem qualquer eco ou distorção.

Porque será? Creio que pela razão mais simples: por se tratar de uma banda autêntica. Que tira muito gozo das suas actuações. E que para além do mais toca maravilhosamente bem.

Fomos felizes, aqueles que andámos por ali terça à noite.



Voltem depressa s.f.f.. Pode ser no Coliseu de Lisboa ou Porto lá para Novembro? Obrigadinho.

7.03.2007

É hoje.

Excitação máxima.
O regresso da banda que mais mexeu com o meu iPod e com a minha pobre e desmiolada cabeça desde 2005. Uma das referências absolutas, de tudo o que já por aqui passou.

Mais uma vez, a banda certa, porém no lugar menos apropriado.
Quem, como eu, teve a graça de os ver no fantástico cenário de Paredes de Coura (Agosto de 2005), ali a 1o metros do palco, gostaria agora de repetir numa sala mais pequena. O Coliseu de Lisboa serviria idealmente, no caso vertente.
Assim, temos enchente, concerto a 70 ou 80 metros do palco, filas para a cerveja, comida de plástico (para quando uma roulotte do Pinóquio dos Restauradores nestes eventos?), algum frio, caminhadas intermináveis a chegar e a abalar, etc.
Como ponto positivo, a possibilidade de ver Klaxons e de rever Bloc Party (estes últimos, imagino eu, meninos para oferecer uma performance arrasadora...).

Depois, em jeito de remate, como naqueles saborosos serões em que experimentamos vários vinhos de seguida, começando num branco levezinho, passando a um mais encorpado, depois a um tinto ou dois, para terminar numa daquelas fantásticas garrafas já com uns anitos que nos ficam na memória... Arcade Fire!

Fica a promessa do competente feed-back lá para final da semana.
Ciao!

7.02.2007

Último recordatório

Amanhã, os Arcade Fire tocam em Lisboa.
Só eu sei porque não fico em casa.

6.28.2007

Que bem se estava... (III)

Aqui:



Quem conhece este local?

Um ajuda: o centro geodésico de Portugal não fica assim tão longe. Um dos mais espectaculares troços do antigo Rally de Portugal, etapa de alcatrão, ainda fica mais perto...

Para completar o cenário, junte-se um final de tarde solarengo e um qualquer engenho que se movimente rápido sobre a água.


Créditos da foto: http://icons.bookings.net/images/hotel/org/262/262417.jpg

6.26.2007

Que bem se estava... (II)

... a ver um concerto destes senhores!



Que, juntamente com Stone Roses, constituem duas das mais graves lacunas do meu CV concerteiro...

Só para recordar

Que faltam oito dias para o concerto dos Arcade Fire...

6.25.2007

Ponde os olhos

Varsóvia, domingo, final do dia.
Procura-se afanosamente um sítio para ver o desfecho emotivo da Liga Espanhola de futebol.
Mapa e guia da cidade, uma caminhada em passo apressado, lá encontramos um sports café.
Um avantajado bar/restaurante com 32 televisões + um ecran enormíssimo. Ou seja, pelo menos uma TV orientada para cada ângulo possível em que se sente um freguês, que assim não carece de se torcer todo, jantar de lado na mesa, etc, para acompanhar o jogo. E todas sincronizadas em transmissão, sem aqueles delays ridículos que por vezes apanhamos em locais multi-tv.
Tudo acompanhado de vários empregados, serviço rápido q.b., bons pratos (um pouco americanizados, mas vá...), cerveja sempre a chegar e, no final, a conta em menos de 2/3 minutos.
Agradável, arejado (mesmo com muitos madridistas e culés a fumarem desalmadamente), cómodo e eficaz para o que se queria: ver um jogo decisivo de futebol.
Para que conste e em jeito de memória futura, fica nas galerias por baixo do Hotel Marriott (em frente à Central Station).

Pergunto: com a maluqueira generalizada pela bola em Portugal e a falta de SportTV doméstica, não deveria haver um bar destes em cada cidade (e uns 5 ou 10 em Lisboa e Porto)?
Estes investidores da hotelaria andam a fazer o quê?

Que bem se estava... (I)

... na esplanada da praça central da Zambujeira do Mar a beber uma imperial gelada até doer e a comer um prato de percebes, de iPod ligado a debitar Munich, Editors.

(Assim se inicia uma pseudo-rubrica por aqui, com flashes que passam pelos dias chatos e iguais, apelando a outras paragens...)

P.S. - Ainda estive para chamar a esta rubrica "O estrebuchar do morto". Depois, passou-me a vontade. Por aqui, fala-se pouco de bola.

Português-para-amigo-alemão

Comunicação em Português user friendly, para usar à noite, de caipirinha na mão:

"Quero fantasias com gajas".

Cúmulo da avareza (misturado com o cúmulo da sorte...)

Guardar durante dois anos uma garrafa de vinho Rosé (por sinal, o insuspeito e fresquíssimo Valle do Nídeo), abri-la e... ainda estar em condições de ser bebida!

6.18.2007

Ouvisto de passagem (a mesma espanhola, agora já mais à vontade)

Na mesma mesa, entre duas garfadas, pergunta ela ao comensal à sua esquerda:

"Whad´s dabudget obyóur indsdidussion?"

Resposta:

"Six hundred million Euro."

E ela, de pronto:

"JOOOOODEEEEEEER!!"

Uns bem dispostos, estes espanhóis...

Ouvisto de passagem (versão "e chega mais uma espanhola que tenta falar inglês")

Almoço conferencista. Uma espanhola chega à mesa e rapidamente monopoliza a conversa:

"Yes, áibindér in tu-ouou!"

Espanto geral na mesa. O quê, minha senhora?
E ela, solícita:

"In dudáuzande!"

Ah, ok, agora sim...

Greetings from Warsaw!

6.14.2007

99

É conhecida a minha aversão ao FCP. Tenho bons, justificados, antigos e fortíssimos motivos para isso.
O que não me impede de registar aqui uma palavra de apreço pela carreira brilhantíssima de Vitor Baía, que, pelos vistos, ontem terminou no que ao relvado diz respeito.
Para mim, sempre seria, enquanto cá andasse, o guarda-redes da nossa Selecção.
Aqui, se calhar de forma inédita, alinho com o coro de protestos vindos do Norte contra Scolari.
Ele lá terá as suas razões para o ter deixado cair assim que pegou na equipa, preterindo-o em favor de Ricardo. Quem sabe um dia tais razões serão conhecidas ao pormenor? Quando Scolari sair...
Vitor Baía defendeu a baliza portista e a do Barcelona anos a fio com regularidade impressionante.
Acresce ser um modelo de correcção, educação e de cidadania como muito poucos no mundo da pochette Vuitton e dos óculos grandes de gaja que é o dos nossos jogadores da bola.
Mais: sabe falar. Articular um discurso sem se engasgar e sem dizer "tênhamos".
Também por isto a minha admiração por este grande jogador que ontem arrumou as luvas.

Um último desejo: que as suas novas funções cardinalícias, ontem anunciadas no Núncio Apostólico pelo próprio Papa (cada vez mais atrapalhado, entramelado e pequenino com o que por aí se diz dele e seus próceres...) não belisquem a imagem que tantos anos demorou a criar.
É que diz o povo e muito bem que uma boa imagem demora anos a criar e minutos a destruir...

Novas da Sétima Arte

Atendendo à realização do filme sobre a vida e obra de Carolina Salgado (cujo título bem que podia ser O Pito Dourado), filmado por essa dupla cinéfila João Botelho & esposa ("o Simão do cinema"), propõe-se desde já uma sequela, filmada pelo prisma nortenho:

O Orelhas é um Camelo
Realizador: Manuel de Oliveira
OST: Pedro Abrunhosa, GNR, Grupo de Cantares de Manhouce
Manuel João Vieira no papel de LFV, aka O Orelhas.

Aceitam-se sugestões para os demais actores. Enviar à consideração da FCP, SAD para a Torre das Antas.

6.12.2007

Wunderbares Parte 2: o nosso Portugal

As 7 Maravilhas de Portugal:

1 - O salto de Fafe (bons tempos...)



2 - A descida do Confurco, no mesmo troço de Fafe / Lameirinha



(Nota: o que se vê em fundo na imagem... são pessoas.)


3 - A Estrada Nacional 2, pela Serra do Caldeirão, entre o Algarve e Almodôvar (Desafortunadamente sem foto. Passar pela EVO que tem a reportagem da apresentação mundial do BMW Z4, onde há imensas fotos dessa estrada do demo...)

4 - O Autódromo do Estoril, nos seus tempos antigos (Curvas 1,2 e Parabólica versão "muito rápido")



5 - O Circuito de Vila Real, nos idos de 70, versão original



5 - A EN 236, Lousã - Castanheira de Pêra (esta é muito perto daqui. É só passar por lá...)

6 - Estrada do Guincho, de preferência num carro descapotável

7 - Rampa da Arrábida e restante estrada pelo alto da encosta. Sem nevoeiro...

Maravilhas?

Aumenta o burburinho pela eleição das 7 maravilhas do mundo e de Portugal.

Por aqui, tudo escolhido, pacificamente.

As 7 maravilhas do mundo:

O circuito de Spa Francorchamps



O circuito de Nurburgring, versão Nordschleife, obviamente



A fábrica da Porsche. Zuffenhausen, Estugarda, Alemanha



A fábrica da Ferrari, Maranello, Itália (incluindo a inevitável Gestione Sportiva, berço dos F1)



O mítico Stelvio Pass, nos Alpes Italianos, com os seus 58 ganchos



Col du Turini, passagem incontornável do Rally de Monte Carlo



Cordão de dunas, algures em Marrocos

6.11.2007

Villing

Nome colocado à pressão para identificar dias prazenteiros que se passam em localidades pequenas pertinho do mar.
Aquelas em que estacionamos o carro no dia em que chegamos, esquecemo-nos que ele existe, só lhe pegamos no dia de regressar a casa, não andamos mais de 50 metros dos aposentos ao mar, temos sol e água limpinha, não muito quente e pelo menos 10 restaurantes que representam o melhor que o nosso país tem para dar: peixe e marisco superlativamente tratados numa cama de brasas, algo que em nenhuma parte do mundo alguém consegue igualar.
Rendo assim a minha homenagem à simpática Sesimbra.

Ainda que reconhecendo tratar-se de uma terra profundamente maltratada por atentados urbanísticos como não haverá igual na nossa costa. Mesmo pensando na Praia da Rocha, em Armação de Pêra e na Quarteira dos Algarves de betão armado...

O que é National é bom

Seguindo o precioso conselho do inevitável Olavo Lupia colhido aqui, já se ouve em regime continuado por aqui Boxer, The National.
Boas malhas para as viagens veraneantes semi-profissionais que se avizinham.

Vá para fora cá dentro se conseguir

Fim de semana de sossego em Sesimbra. Repetindo uma agradabilíssima estadia por lá no ano passado.
Nos dois anos, um único problema: para quem vem de norte e é caloiro por aquelas bandas, a partir da Ponte Vasco da Gama NÃO HÁ uma única placa com indicação "Sesimbra".
Assim, no primeiro ano, chegado a Setúbal, nada, népia, uma plaquinha, sinal, marcação para a vila. Nada de nada. Resultado? Fazer a estrada da Serra da Arrábida ao cair da noite, depois de 2 horas de viagem, ainda assim por azimute... Até teve a sua graça, isto porque não havia nevoeiro e a noite caía tarde em inícios de Julho...
Após contactos com alguns nativos, este ano lá me indicaram a saída da A2 em Palmela e, a partir daí, seguir directo a Sesimbra. Pois sim. De novo, absoluta ausência de indicações!! Que aliás começa desde logo na A2, onde parece que a dita terra não existe... De novo algumas voltas, acabando às portas da feiosa Setúbal, onde passado um ano, o panorama miserável se mantém. Ou seja, nada de placas para parte alguma!!
Avançando na estrada, chegamos a Azeitão. Aqui, no centro da vila, também não se vislumbram indicações para Sesimbra!!
Afinal de contas, o que é isto?
Má vontade dos edis a sul/este de Sesimbra?
Mesquinhez política?
Estupidez?
Boicote?
Desleixo puro e simples?
Tentativa de preservar o local de enchentes? (bem, se fosse este, eu até aderia...)

Agora a parte mais estranha: vindos de Lisboa na A2, após a ponte 25 de Abril e as saídas de Almada e Caparica, lá temos a indicação, em letras garrafais, para... Sesimbra!!!! Depois, seguimos sempre com indicações mais ou menos precisas até ao local.

Explicações deste lado da ordem pública e da sanidade mental precisam-se por favor...
Alguém consegue explicar esta parvoíce?

Prevenção rodoviária somos nós

De tempos a tempos somos esmagados por imagens de acidentes em provas de automóveis.
O de ontem em Montréal, Canadá, envolvendo Robert Kubica, foi particularmente impressionante.
Acompanho a F1 desde 1984 e apenas concluo que, este acidente a acontecer há 10 anos atrás teria determinado a morte do piloto.
Felizmente que no meio daquele mundo onde quase só o dinheiro conta, ainda têm sido feitos investimentos na segurança dos "artistas" que nos divertem neste desporto, de cuja natureza sempre fará parte a ideia de risco (quase) máximo.
Balanço final deste pavoroso acidente: ao que consta, uma fractura numa perna. Do mal o menos!
O video, aqui:

6.05.2007

O Maquinista a maçar tudo e todos por ocasião do seu 3º Aniversário

Em jeito de antecipação, antevendo a impossibilidade de postar no próprio dia e dias seguintes por imperativos de mini-férias, ficam algumas irrelevantes palavras a propósito desta página e da passagem do terceiro ano a escrever banalidades por aqui.

O que leva uma pessoa a perder tempo a escrever coisas, sem o mínimo intuito de obter “palco” ou qualquer outra forma de protagonismo?

Sem sequer ter grandes preocupações em saber se é muito, pouco ou nada lido?

Uma resposta possível?

Para ter onde escrever. Para poder exercitar essa função vital fugindo aos mails, respostas por escrito de trabalho, notas à empregada, cupões de concursos, etc.

Vasco Pulido Valente, em mais um dos seus inesquecíveis artigos, falava há dias justamente na perda irreparável do hábito de escrever por parte da esmagadora maioria das pessoas. Junto-me a ele no protesto! Tento, “por interposta e empobrecedora pessoa”, ir contra a tendência.

Fica a resposta: para escrever. Apenas. Num sítio que perdure. E que, além do mais, seja visível.

Para escrever coisas que me deram algum gozo:

Posts a correr:

http://omaquinista.blogspot.com/2004/06/o-maquinista_14.html

http://omaquinista.blogspot.com/2004/12/palavras-de-natal-frio-queijo-da-serra.html

http://omaquinista.blogspot.com/2005/04/jogatana-amanh-noite.html

http://omaquinista.blogspot.com/2005/05/cr-domingo.html

Posts de forte pendor internacionalista:

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http://omaquinista.blogspot.com/2005/02/ainda-os-automoveis.html

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Terminando, fica um abraço aos que amiúde passam por aqui:

“D.”

French Guard

Olavo Lupia

entre outros que sei que também o fazem.

E uma referência ao poiso de riso desbragado que melhora a cada dia!